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Ibovespa sobe em movimento de correção

Índice teve alta de 2,39%, a 47.738 pontos, com apenas 7 das suas 72 ações fechando no vermelho


	Telão da Bovespa: giro financeiro totalizou 7,2 bilhões de reais
 (Alexandre Battibugli/EXAME)

Telão da Bovespa: giro financeiro totalizou 7,2 bilhões de reais (Alexandre Battibugli/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 16h58.

São Paulo - A Bovespa teve alta generalizada nesta quinta-feira, com agentes financeiros aproveitando algum alívio nos mercados externos para abocanhar ações com preços considerados atrativos diante da forte queda acumulada no ano.

O Ibovespa subiu 2,39 por cento, a 47.738 pontos, com apenas 7 das suas 72 ações fechando no vermelho. O giro financeiro totalizou 7,2 bilhões de reais.

Guiado pelas blue chips Petrobras e Vale, o índice chegou subir mais de 3 por cento, na cola da tendência das bolsas europeias norte-americanas.

Investidores reagiram a dados mostrando que o número de novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu mais do que o previsto na semana passada, aumentando a confiança de que a economia local está melhorando.

Na sexta-feira será conhecido o relatório de trabalho, considerado indicador base para do Federal Reserve, banco central norte-americano, decidir sobre o programa de estímulos.

"Pelo fato de não ter tido nenhuma notícia nova para deprimir os mercados, eles tiveram um alívio de pressão na venda. Qualquer coisa ligada ao 'payroll' que traga uma notícia positiva já deixa o mercado mais animado para os negócios", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

A alta desta quinta também ocorreu conforme investidores consideravam que os preços de algumas ações brasileiras estão começando a ficar atrativos, após o Ibovespa acumular queda de 9,48 por cento no ano até o fim da sessão anterior.

"Nos níveis atuais, as ações brasileiras estão avaliadas a 8,9 vezes os lucros estimados em 12 meses, já refletindo o cenário de taxas de juros maiores em nossa visão. No curto prazo, podemos continuar a ver fluxos de saída de mercados emergentes e de fundos de ações brasileiros, o que pode levar a preços ainda mais baixos", afirmaram analistas do Bank of America Merrill Lynch em relatório nesta quinta.

Sabesp teve a segunda maior alta do dia, após de ter sofrido com temor do impacto do programa de incentivo para a redução do consumo de água proposto nesta semana. A Fitch afirmou que o programa deve ter impacto marginal na geração de caixa operacional da companhia de saneamento.

A Petrobras também subiu após ter pressionado o índice na quinta, em meio à desconfiança de investidores com o adiamento da divulgação do balanço da companhia.

Apesar da alta desta quinta, especialistas continuavam observando que a bolsa continua em tendência de baixa. "A conjuntura não permite achar que a bolsa vai ter sustentação e embalar uma tendência de alta. Estamos muito reféns de notícias, como o dado sobre o setor de serviços da China que sai esta noite e o 'payroll' que sai amanhã", disse o gerente de renda variável da H.Commcor, Ariovaldo Santos.

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