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Ibovespa sobe com ambiente externo positivo

Resultado do PIB vem em linha com as expectativas do mercado, mas desaceleração de alguns setores faz economistas revisarem para baixo crescimento deste ano

Businessman checking stock market data. He using a mobile phone. Analysis economy data on forex earn graph. (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

Businessman checking stock market data. He using a mobile phone. Analysis economy data on forex earn graph. (Witthaya Prasongsin/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2020 às 10h59.

Última atualização em 4 de março de 2020 às 19h46.

São Paulo - Em linha com as principais bolsas de valores do mundo, o Ibovespa voltou a subir nesta quarta-feira (4), após ficar no vermelho no começo da tarde. A melhora do ambiente externo foi impulsionada pelos desdobramentos da eleição presidencial americana, que apontou o candidato Joe Biden como o grande vencedor desta superterça do Partido Democrata. O principal índice da B3 subia 0,72% às 14h40 e ficava em 106.293 pontos. Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 registrava alta ainda maior, de 1,97%.

"Uma disputa entre Biden e Donald Trump reduziria a volatilidade do mercado. Seria o famoso 'tanto faz'. Mas é claro que o Trump prefere uma disputa contra o Bernie Sanders [mais alinhado à esquerda]", disse Jason Vieira, economista-chefe da Infinity Asset.

Ontem, o corte de juros emergencial nos Estados Unidos aumentou a preocupação sobre os impactos do coronavírus na economia. Contudo, a possibilidade da medida ser seguida por outros bancos centrais, alimenta o otimismo dos investidores. Para o Brasil, o mercado espera que o Banco Central reduza a Selic já na próxima decisão do Copom, no próximo dia 18.

Por outro lado, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 decepcionou o mercado. Embora tenha crescido 1,1% no ano passado, em linha com as expectativas, a desaceleração de alguns setores da economia fizeram economistas rebaixarem a projeção de crescimento para este ano.

André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, esperava que o consumo das famílias e a formação bruta de capital fixo viessem mais forte, e, por isso, afirmou que vai revisar "fortemente para baixo" a projeção do PIB para este ano. Preocupados com os impactos do coronavírus na economia, economistas da XP Investimentos também anunciaram a redução das expectativas de crescimento do PIB de 2020 de 2,3% para 1,8%.

Outro fator que tem pressionado o mercado local é a forte queda das ações da resseguradora IRB Brasil, que tem participação de 1,4% no Ibovespa. Na miníma desta quarta, os papéis da companhia chegaram a despencar 41,75%, após a Berkshire Hathaway, empresa do megainvestidor Warren Buffett, negar compra de ações da companhia.

Na última semana, o ativo chegou a se valorizar 6,66% com a notícia de que Buffett havia aumentado sua posição na IRB. Segundo Pablo Spyer, diretor de operações da Mirae Asset, os papéis da IRB puxam a Bolsa para baixo. O ativo é o mais negociado da sessão, superando ações conhecidas por sua alta liquidez, como as da Petrobras e dos Bancos. "Os estrangeiros estão saindo dessa resseguradora", disse.

Com grande peso no Ibovespa, as ações da Vale sustentavam o índice, subindo 3,24%. Petrobras também ajudava o índice a permanecer no azul, com suas ações ordinárias e preferenciais subindo 1,82% e 2%, respectivamente

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