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Ibovespa sobe e fecha acima de 55 mil pontos

A Bovespa fechou em alta pelo sétimo pregão seguido, maior sequência de ganhos desde outubro de 2015


	Bovespa: o Ibovespa subiu 1,62 por cento, a 55.481 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 1,62 por cento, a 55.481 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2016 às 18h19.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta pelo sétimo pregão seguido nesta quinta-feira, maior sequência de ganhos desde outubro de 2015, com o seu principal índice superando os 55 mil pontos apoiado no cenário externo benigno e eleição na Câmara dos Deputados.

O Ibovespa subiu 1,62 por cento, a 55.481 pontos, com ações de bancos respondendo pela maior contribuição positiva. O índice não superava os 55 mil pontos desde maio de 2015. O volume financeiro no pregão somou 8,85 bilhões de reais.

Com tal desempenho, o Ibovespa registrou a maior série de ganhos desde outubro de 2015, contabilizando uma valorização de 7 por cento no período.

A trajetória positiva dos pregões em Wall Street e a recuperação dos preços do petróleo , em meio a expectativas otimistas para a temporada de balanços e perspectiva de estímulos nas economias desenvolvidas, também favoreceram os ganhos na bolsa paulista.

No Brasil, a repercussão favorável da eleição do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) para a presidência da Câmara reforçou o viés ascendente do Ibovespa, diante da avaliação no mercado de que melhoraram as condições de governabilidade.

DESTAQUES

- BRADESCO e ITAÚ UNIBANCO avançaram 4,12 por cento e 2,85 por cento, respectivamente, beneficiados pela melhora na recomendação de ambos pelos analistas do Credit Suisse, que elevaram Bradesco para "outperform" e Itaú para "neutro", segundo amplo relatório do setor. Além disso, o Senado aprovou na véspera a Medida Provisória 719/16 que permite ao trabalhadores do setor privado o uso de parte do FGTS e da multa rescisória como garantia de crédito consignado. A corretora Brasil Plural avalia que a MP deve dar fôlego ao consignado no setor privado. BANCO DO BRASIL subiu 5,32 por cento e SANTANDER BRASIL avançou 1,96 por cento.

- GRUPO PÃO DE AÇÚCAR subiu 5,72 por cento, refletindo a avaliação positiva dos dados de vendas do segundo trimestre.

- BM&FBOVESPA ganhou 3,66 por cento, reforçando os ganhos no pregão local. O Bradesco BBI elevou nesta semana a recomendação das ações para "outperfom", citando que a empresa deve ser a principal beneficiária de uma potencial recuperação da atividade no mercado de capitais brasileiro, com o segmento de derivativos sendo a "cereja do bolo" após a integração das clearings, aguardada para o final do ano.

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 2,82 por cento e as ordinárias com ganho de 2,54 por cento, acompanhando a recuperação do petróleo.

O presidente da companhia, Pedro Parente, informou que está avaliando três propostas feitas por investidores por uma eventual participação na BR Distribuidora, subsidiária de combustíveis da estatal.

- CEMIG subiu 6,53 por cento, após o declínio na véspera, conforme as ações de elétricas em geral seguem apoiadas em expectativas de vendas de ativos e de juros mais baixos no Brasil à frente. ELETROBRAS, que não está no Ibovespa, fechou com as ordinárias em alta de 4,47 por cento.

Na véspera, estatal informou que a Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (SFF) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) entendeu que sua subsidiária Chesf tem direito a receber indenização de 5,092 bilhões de reais relacionada a ativos de transmissão não amortizados ou não depreciados.

- VALE perdeu o fôlego da abertura e encerrou com as preferenciais em baixa de 2,47 por cento e as ordinárias caindo 2,64 por cento, em meio ao recuo nos preços do minério. O UBS destacou na véspera, em nota a clientes, que investidores devem continuar cautelosos com o setor. "Os fatores de apoio aos preços correntes são todos, em grande parte, de natureza temporária, provavelmente deixando risco de queda, quando o suporte fracassar", afirmaram os analistas.

- FIBRIA e SUZANO PAPEL E CELULOSE caíram 4,06 e 2,72 por cento, respectivamente, diante do recuo do dólar ante o real e cenário mais desafiador para o segmento de celulose.

- SMILES recuou 4,51 por cento, no pior desempenho do Ibovespa. Analistas do Santander Brasil cortaram a recomendação da companhia de "compra" para "manter", embora atualizado o preço-alvo para o final de 2017 a 54 reais ante 44 reais para o fim de 2016.

- SER EDUCACIONAL, que não está no Ibovespa, saltou 8,57 por cento, conforme agentes no mercado veem a companhia como potencial alvo de aquisição após perder a disputa para comprar a rival ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES. "É um ativo que se encaixa na estratégia de participantes de grande porte do mercado de educação, com presença grande na região Nordeste", disse um gestor. Na véspera, o diretor-presidente da Ser, Jânyo Diniz, disse que vê a empresa em uma posição relevante para realizar fusões e aquisições nos próximos dois anos.

Texto atualizado às 18h18

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