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Ibovespa sobe com noticiário corporativo movimentado

Às 11:48, o índice da bolsa brasileira subia 0,65 por cento, a 61.158 pontos. O giro financeiro era de 1,9 bilhão de reais

Ibovespa: crise que atinge o Planalto desde a delação de executivos da JBS, que implicam o presidente Michel Temer, tem afetado os mercados (Paulo Whitaker/Reuters)

Ibovespa: crise que atinge o Planalto desde a delação de executivos da JBS, que implicam o presidente Michel Temer, tem afetado os mercados (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de junho de 2017 às 12h30.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava em território positivo nesta quinta-feira, com as ações da Cemig liderando os ganhos, em sessão marcada por noticiário corporativo movimentado.

O cenário político, no entanto, segue no radar dos investidores e ainda limitava ganhos mais contundentes.

Às 11:48, o Ibovespa subia 0,65 por cento, a 61.158 pontos. O giro financeiro era de 1,9 bilhão de reais.

A crise que atinge o Planalto desde a delação de executivos da JBS, que implicam o presidente Michel Temer, tem afetado os mercados, especialmente devido aos receios de seu impacto no avanço das reformas no Congresso Nacional, consideradas importantes para a recuperação da economia do país.

Nesta quinta-feira, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve confirmar que os benefícios da delação premiada dos executivos da JBS não poderão ser revistos neste momento, mas apenas na definição da sentença, quando será avaliada a eficácia das informações e provas prestadas pelos delatores. A expectativa é ainda de manutenção do ministro Edson Fachin como relator do caso.

Segundo a equipe da corretora Guide Investimentos, essas decisões devem abrir espaço para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avance nas negociações sobre delações premiadas com o operador financeiro Lúcio Funaro e com o ex-deputado federal e ex-assessor especial de Temer Rodrigo Rocha Loures. "Acordos que manterão Michel Temer no centro das atenções", escreveu a equipe.

Destaques

- Cemig PN avançava 10,23 por cento, liderando os ganhos do Ibovespa, depois de o conselho de administração da empresa aprovar o início do processo de venda da participação da empresa na LIGHT, que não faz parte do Ibovespa e disparava 27,5 por cento.

- Eletrobras ON ganhava 7,93 por cento e Eletrobras PNB tinha alta de 4,88 por cento, após a empresa anunciar que deverá cortar quase 50 por cento de seu quadro de funcionários em uma reestruturação para sair de uma crise financeira iniciada no final de 2012.

- Braskem PNA tinha valorização de 1,72 por cento, também entre os destaques positivos do Ibovespa, após a empresa anunciar a aprovação final do conselho para a construção de uma fábrica de polipropileno nos Estados Unidos, com investimentos de 675 milhões de dólares.

- Estácio Participações ON ganhava 1,98 por cento, ensaiando alguma recuperação após desabar quase 14 por cento nos dois pregões anteriores em meio às especulações sobre a possível rejeição da fusão com a Kroton pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As ações da Kroton subiam 0,75 por cento, após acumular perda de mais de 7 por cento nas duas sessões passadas.

- Petrobras PN subia 1,55 por cento e Petrobras ON avançava 0,94 por cento, em linha com os ganhos dos preços do petróleo no mercado internacional.- Vale PNA ganhava 2,97 por cento e Vale ON tinha alta de 3,66 por cento, mantendo o tom positivo da véspera, embora os contratos futuros do minério de ferro na China tenham ficado praticamente estáveis nesta sessão. Na terça-feira, a equipe global de commodities do Citibank reduziu suas estimativas para o minério de ferro para 50 dólares por tonelada no segundo semestre de 2017, ante 62 dólares. No entanto, os analistas da corretora do Citi mantiveram a recomendação de compra para a Vale considerando os múltiplos da empresa atrativos.

- JBS ON caía 1,26 por cento, entre os destaques negativos do Ibovespa, após subir mais de 5 por cento na véspera. Os papéis da empresa de alimentos têm mostrado forte volatilidade desde a delação de seus executivos, com o mercado monitorando o noticiário da empresa à espera de novidades sobre vendas de ativos.

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