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Ibovespa sobe apoiado em siderúrgicas após reforma nos EUA

Índice da bolsa brasileira fechou em alta de 0,94 por cento, a 73.367 pontos. O giro financeiro somou 6,4 bilhões de reais, abaixo da média para o mês

B3: investidores temem novo rebaixamento do rating do Brasil pelas agências de classificação de risco (Germano Lüders/Exame)

B3: investidores temem novo rebaixamento do rating do Brasil pelas agências de classificação de risco (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 18h50.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista subiu nesta quarta-feira, com as ações de empresas do setor de siderurgia entre as maiores altas e com o tom positivo do mercado amparado na aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos da reforma Tributária.

O Ibovespa fechou em alta de 0,94 por cento, a 73.367 pontos. O giro financeiro somou 6,4 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês, de 11,15 bilhões de reais.

A Câmara dos Deputados norte-americana deu aval final à maior reforma do código tributário em 30 anos, liberando o texto para sanção presidencial. Embora ainda existam dúvidas sobre o real impacto da medida, há a expectativa de que a reforma aqueça a maior economia do mundo, o que também tende a ter efeitos positivos em outros países.

Apesar dos ganhos da sessão, operadores alertam que é cedo para ver o movimento como tendência de alta, devido à liquidez reduzida com a proximidade das festas de fim de ano e os receios em relação à situação fiscal e política do Brasil.

Investidores temem novo rebaixamento do rating do Brasil pelas agências de classificação de risco, após o adiamento da votação da reforma da Previdência para 2018 e a suspensão de liminar que adiava reajuste de servidores federais e fixava alíquota de contribuição social progressiva para servidores.

"Internamente, o impulso que era esperado para o mercado, a reforma da Previdência, não aconteceu... Então agora não tem motivo para avançar muito", disse o gerente de renda variável da corretora H.Commcor Ari Santos.

Por outro lado, a liberação de depósito compulsório pelo Banco Central foi vista como medida com algum efeito positivo para a economia, ao permitir que os bancos reduzam em 6,5 bilhões de reais os compulsórios.

Destaques

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,37 por cento, BRADESCO PN ganhou 0,92 por cento, SANTANDER UNIT e BANCO DO BRASIL ON tiveram valorização de 0,06 por cento, após o Banco Central reduzir o depósito compulsório, o que pode elevar as receitas dos bancos.

- PETROBRAS PN subiu 0,66 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 1,27 por cento, em dia positivo para os preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE ON avançou 3,43 por cento, na contramão dos contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam com queda de 0,8 por cento na Bolsa de Dalian.

- CSN ON teve alta de 4,99 por cento, USIMINAS PNA avançou 4,53 por cento e Gerdau PN subiu 1,32 por cento, impulsionadas por perspectivas por aumento de preços do aço.

- EDP BRASIL ON caiu 1,69 por cento, entre as maiores perdas do Ibovespa, após a empresa acertar a compra de participação na Celesc por 230 milhões de reais. A ação da Celesc disparou 14,9 por cento. Para o BTG Pactual, a operação, embora barata para a EDP, envolve muito risco, pois é muito dependente de uma eventual privatização.

- OI ON subiu 2 por cento e OI PN avançou 5,65 por cento, após aprovação do plano de recuperação judicial em assembleia de credores, nesta madrugada. Para oBradesco BBI, o plano deve diluir os acionistas menos do que o esperado anteriormente.

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