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Ibovespa sobe 1,6% em movimento de ajuste; JBS avança 9,5%

Mais cedo, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que o Legislativo vai trabalhar normalmente

Bolsa de valores de São Paulo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Bolsa de valores de São Paulo (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de maio de 2017 às 18h36.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, em movimento de ajuste e diante da tentativa do governo de dar andamento à agenda econômica, apesar da crise que atingiu o Planalto após denúncias envolvendo o presidente Michel Temer.

O Ibovespa fechou em alta de 1,6 por cento, a 62.662 pontos. O volume financeiro somou 9,6 bilhões de reais.

"Vamos viver um momento de ausência de tendência no mercado. Vamos ter que constantemente fazer avaliações e reavaliações dos ventos de curto prazo", resumiu o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

Mais cedo, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou que o Legislativo vai trabalhar normalmente, a despeito da crise instaurada após a divulgação de áudio e delações de integrantes do grupo J&F, controlador da JBS, envolver Temer e importantes lideranças políticas.

Na tentativa de dar continuidade à agenda de reformas, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado iniciou mais cedo audiência pública para debater o projeto de reforma trabalhista.

No entanto, uma confusão entre senadores governistas e da oposição levou à suspensão da reunião, quando começaria a leitura do relatório da reforma, de Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

Diante do tumulto e da impossibilidade de formalizar a leitura, Ferraço considerou seu parecer como lido e o calendário prevê votação na proposta na comissão na terça-feira da próxima semana.

Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na véspera que a votação em plenário da reforma da Previdência deve começar entre os dias 5 e 12 de junho.

Destaques

- JBS ON avançou 9,53 por cento, revertendo as perdas vistas em grande parte do pregão, com os papéis entrando em leilão várias vezes ao longo do dia e caindo pouco mais de 12 por cento na mínima da sessão. Na véspera, o papel despencou mais de 30 por cento diante de preocupações sobre a delação de seus executivos e rebaixamento de ratings por agências de classificação de risco. Também no radar neste pregão estava a notícia de nomeação pelo Banco Central de um analista no banco Original, do grupo J&F, holding controladora da JBS. Diante da notícia, o banco Original afirmou que sua posição de caixa é robusta e que sua administração de ativos e passivos é confortável.

Pouco após o final do pregão, a Reuters publicou que a JBS e a família controladora da empresa contrataram o Bradesco BBI para trabalhar em um plano para venda de vários ativos após o escândalo das delações.

- ELETROBRAS ON teve alta de 5,32 por cento e ELETROBRAS PNB avançou 3,81 por cento, após a empresa anunciar lançamento de um plano de aposentadoria voluntária para até 4.607 empregados, incluindo holding e subsidiárias. Além disso, o presidente da companhia, Wilson Ferreira Jr., disse que a empresa continuará trabalhando em seus planos de privatizar subsidiárias e vender ativos para reduzir dívidas mesmo com o agravamento da crise política no Brasil.

- BR MALLS ON subiu 1,34 por cento, a 11,35 reais, após o conselho de administração da empresa aprovar o preço de 11 reais por ação na oferta pública primária com esforços restritos que movimentou 1,73 bilhão de reais.

- PETROBRAS PN subiu 0,67 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,77 por cento. A companhia anunciou que iniciou a etapa de divulgação da venda do Campo de Juruá, na Bacia de Solimões, além da quitação de dívida com o Citibank e nova linha de financiamento com a instituição.

- VALE PNA subiu 0,64 por cento e VALE ON teve alta de 1,22 por cento, devolvendo as perdas iniciais, apesar de baixas nos futuros do minério de ferro na China.

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