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Ibovespa sobe 1,28%, à espera de reforma trabalhista

A expectativa no mercado seguia de aprovação da reforma trabalhista pelo plenário do Senado, em votação prevista para acontecer nesta terça-feira

B3: "No momento (o mercado brasileiro) está barato, então não tem porque não recompor um pouco a carteira" (Paulo Whitaker/Reuters)

B3: "No momento (o mercado brasileiro) está barato, então não tem porque não recompor um pouco a carteira" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de julho de 2017 às 18h09.

São Paulo - O índice de referência da bolsa paulista subiu mais de 1 por cento nesta terça-feira, amparado no bom desempenho de commodities, enquanto o mercado aguardava a votação da reforma trabalhista no plenário do Senado e seguia de olho no andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer.

O Ibovespa fechou em alta de 1,28 por cento, a 63.832 pontos. O volume financeiro somou 5,9 bilhões de reais.

Apesar da alta acima de 1 por cento pelo segundo dia seguido, operadores dizem que ainda é cedo para afirmar que o mercado entrou em uma tendência de alta.

"No momento (o mercado brasileiro) está barato, então não tem porque não recompor um pouco a carteira... mas é cedo para falar em tendência", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz.

A expectativa predominante no mercado seguia de aprovação da reforma trabalhista pelo plenário do Senado, em votação prevista para acontecer nesta terça-feira, apesar da tentativa da oposição para impedir a votação da medida.

As senadoras da oposição Fátima Bezerra (PT-RN), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) ocuparam a Mesa do plenário protestando contra a votação do texto e impediram que o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), conduzisse a apreciação da proposta.

No início da tarde, em uma estratégia para tentar garantir a votação da reforma, um grupo de senadores tentava apreciar o texto em outro auditório, sem a presença de parte da imprensa e de manifestantes. Mas ainda não estava definido se a votação seria mesmo no auditório ou se ainda se buscaria um acordo para tentar apreciar a matéria no plenário da Casa.

A tentativa de votação acontece um dia após o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) apresentar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) parecer favorável para que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar a denúncia contra o presidente Michel Temer, ao entender que há "sólidos" indícios da prática do crime de corrupção passiva.

São necessários 34 dos 66 votos para que o relatório de Zveiter seja aprovado na CCJ. Já no plenário da Câmara são necessários dois terços dos votos para autorizar que o STF analise a denúncia, ou seja, ao menos 342 dos 513 deputados. Seja qual for o resultado na CCJ, a autorização para a denúncia será votada no plenário.

Destaques

- PETROBRAS PN avançou 2,92 por cento e PETROBRAS ON teve valorização de 2,91 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- VALE PNA subiu 1,41 por cento e VALE ON teve alta de 1,11 por cento, mantendo o tom positivo da véspera e acompanhando a alta dos contratos futuros do minério de ferro na China.

- CSN ON avançou 6,46 por cento, no melhor desempenho do Ibovespa, também na esteira dos ganhos para os contratos do minério de ferro e do aço na China. USIMINAS PNA ganhou 1,63 por cento.

- BRADESCO PN teve alta de 1,74 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN valorizou-se em 1,51 por cento, ajudando o movimento de alta do Ibovespa devido ao peso dos papéis em sua composição. BANCO DO BRASIL ON avançou 4,2 por cento, o melhor desempenho para bancos do índice, e SANTANDER UNIT teve alta de 2,07 por cento.

- EMBRAER ON subiu 1,4 por cento, após anunciar entregas do segundo trimestre de 35 jatos comerciais e 24 jatos executivos. Para a equipe do BTG Pactual os números dão uma sinalização positiva para a receita no período.

-ELETROBRAS ON caiu 3,48 por cento e ELETROBRAS PNB perdeu 2,37 por cento, na ponta negativa do Ibovespa, mantendo o movimento de ajuste da véspera, após as fortes altas registradas na semana passada devido à divulgação de plano do governo de ampla reforma para o setor elétrico.

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