Bolsa de Valores: às 11:46, o Ibovespa subia 0,59 por cento, a 61.127 pontos. O giro financeiro era de 1,97 bilhão de reais (Rafael Von Zuben/B3/Divulgação)
Reuters
Publicado em 21 de junho de 2017 às 12h14.
São Paulo - O principal índice da Bovespa operava no azul nesta quarta-feira, após fechar na véspera no menor patamar desde o início de janeiro, mas com investidores ainda cautelosos diante do cenário político conturbado.
Às 11:46, o Ibovespa subia 0,59 por cento, a 61.127 pontos. O giro financeiro era de 1,97 bilhão de reais.
A espera por uma solução da crise que atinge o Planalto desde a divulgação de conversa entre um dos sócios da JBS e o presidente Michel Temer tem deixado o mercado instável, com receios, principalmente, sobre o impacto da crise no andamento das reformas no Congresso Nacional.
O governo sofreu na terça-feira uma derrota ao ter o parecer oficial do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado. O cenário também não foi positivo para Temer na Justiça, que rejeitou sua queixa-crime contra o empresário Joesley Batista que, em entrevista à revista Época no final de semana, chamou-o de "chefe de organização criminosa".
"A preocupação do mercado agora reside no possível fim da governabilidade de Temer", escreveu a equipe da H.Commcor em relatório a clientes.
- PETROBRAS PN tinha alta de 1,77 por cento e PETROBRAS ON ganhava 1,23 por cento, em uma tentativa de recuperação após a queda da véspera, em sessão também de ganhos para os preços do petróleo no mercado internacional. [O/R]
- VALE PNA subia 3,08 por cento e VALE ON tinha alta de 2,88 por cento, após as perdas da véspera e em sessão de ganho para os contratos futuros do minério de ferro na China.
- JBS ON avançava 1,83 por cento, entre os destaques positivos do Ibovespa. Os papéis da empresa têm sofrido forte volatilidade desde a delação de seus executivos, com o mercado à espera de novidades sobre vendas de ativos. Na véspera, a empresa informou um plano de desinvestimento no valor de 6 bilhões de reais.
- BRADESCO PN subia 0,87 por cento, ajudando o tom positivo do índice devido ao peso das ações em sua composição. ITAÚ UNIBANCO PN, também de forte relevância no índice, tinha movimento mais contido e subia 0,51 por cento.
- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON caía 6,52 por cento e liderava a ponta negativa do Ibovespa, diante de receios quanto à fusão com a KROTON ON, que perdia 2,82 por cento. Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a possibilidade de veto do acordo é discutida pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e somente a relatora do caso, Cristiane Alkmin, é a favor da operação com restrições, sendo a principal delas a venda da Anhanguera, adquirida pela Kroton em 2014.
- ALPARGATAS PN, que não faz parte do Ibovespa, subia 1,76 por cento, tendo como pano de fundo a expectativa pela venda da empresa, controlada pela holding J&F. Nesta quarta-feira, o jornal Valor Econômico noticiou que a J&F recebeu propostas de fundos de investimentos pela Alpargatas, incluindo os fundos Carlyle e Advent. Na semana passada, fontes disseram à Reuters que a Cambuhy Investimentos e a GP Investments estão entre as empresas de investimento que consideram fazer uma oferta pela fabricante de roupas esportivas e de calçados.