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Ibovespa sobe 0,4% impulsionado por Vale e Petrobras

O Ibovespa subiu 0,42%, a 64.108 pontos, renovando a máxima desde 3 de abril de 2012 (64.284 pontos)

Bovespa: na semana, o índice acumulou ganho de 3,8%, enquanto no mês a alta é de 9,8% (Germano Lüders/EXAME.com)

Bovespa: na semana, o índice acumulou ganho de 3,8%, enquanto no mês a alta é de 9,8% (Germano Lüders/EXAME.com)

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Reuters

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 19h16.

São Paulo - A Bovespa cravou a terceira semana seguida de ganhos, em meio ao otimismo com o cenário político local, aos ganhos da mineradora Vale e à ampliação de ganhos da Petrobras, após melhora do rating da estatal pela Moody's.

O Ibovespa subiu 0,42 por cento, a 64.108 pontos, renovando a máxima desde 3 de abril de 2012 (64.284 pontos). Na semana, o índice acumulou ganho de 3,8 por cento, enquanto no mês a alta é de 9,8 por cento.

O volume financeiro da sessão somou 7,8 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês, de 9,1 bilhões de reais, mas acima da média diária para o ano, de 7,1 bilhões de reais.

A sessão começou com tom negativo, com predominância de realização de lucros, após ganhos. No pior momento, o índice chegou a cair 0,7 por cento, mas recuperou o fôlego durante a tarde, ganhando força com a recuperação dos preços do petróleo.

Wall Street também melhorou ao longo da sessão após início no vermelho, com o S&P 500 fechando praticamente estável, uma vez que os ganhos da Microsoft e do McDonald's ajudaram a ofuscar perdas em ações de energia e saúde.

O bom humor local refletiu perspectivas de avanço de medidas econômicas pelo Congresso.

A Câmara dos Deputados deve votar em segundo turno na terça-feira a medida que limita o crescimento dos gastos à inflação do ano anterior e, segundo operadores, sua aprovação pode continuar dando fôlego ao Ibovespa.

Destaques

- VALE PNA subiu 4 por cento. Na máxima, o papel chegou ao maior patamar intradia desde 12 de maio de 2015. Já VALE ON, que chegou a cair 1,1 por cento no pior momento, teve alta de 4,24 por cento. As valorizações deram sequência aos ganhos da véspera quando a empresa anunciou aumento na produção de minério de ferro.

- PETROBRAS PN avançou 1,18 por cento e PETROBRAS ON ganhou 1,9 por cento, ampliando os ganhos após a Moody's elevar o rating da estatal de "B3" para "B2" e mudar a perspectiva, de negativa para estável. As ações PN chegaram a 18,09 reais na máxima da sessão, maior patamar em dois anos. Apenas em outubro, a alta acumulada é de 32 por cento, chegando a 168 por cento no ano.

- COSAN ganhou 2 por cento. Operadores citaram a notícia do jornal Valor Econômico de que a empresa estaria negociando com a Shell para tornar definitiva a sociedade na produtora de açúcar Raízen.

- USIMINAS PNA subiu 6,45 por cento. No fim da tarde, a agência de classificação de risco Fitch Ratings elevou nesta a nota de crédito da empresa para "CCC" ante "RD" (sigla em inglês para calote restrito).

- LOCALIZA caiu 4,23 por cento, liderando as baixas do Ibovespa, após divulgar resultado do terceiro trimestre, com aumento anual de 1 por cento no lucro. Analistas do Brasil Plural disseram que a empresa apresentou números operacionais sólidos, mas que a estratégia de crescimento da empresa continua tendo impactos no lucro e geração de caixa.

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