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Ibovespa sobe 0,32% de olho em andamento de reformas

O relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), afirmou que a proposta deve ser votada no plenário em meados de junho

B3: o mercado segue atento aos desdobramentos da crise política desde as denúncias contra o presidente Temer (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: o mercado segue atento aos desdobramentos da crise política desde as denúncias contra o presidente Temer (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 30 de maio de 2017 às 18h21.

São Paulo - A Bovespa fechou em alta modesta nesta terça-feira, com investidores acreditando em avanço de reformas no Congresso Nacional, aposta temperada por cautela diante da crise política.

O Ibovespa fechou em alta de 0,32 por cento, a 63.962 pontos. O giro financeiro do pregão somou 5,37 bilhões de reais, bem abaixo da média diária do mês, de 9,67 bilhões de reais, e da média diária do ano, de 8,38 bilhões.

"De alguma maneira, as coisas vão acontecer e ninguém quer estar de fora, mas ao mesmo tempo está todo mundo com medo porque não dá pra prever nem os próximos dez minutos. Nessas horas o volume se retrai e fica só o daytrade mesmo", disse o economista da Órama Investimentos Alexandre Espirito Santo.

O dia foi marcado por tentativas em diversas frentes de manter a percepção de normalidade no Legislativo, com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado reforçando o compromisso com andamento das reformas.

Além disso, o relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), afirmou que a proposta deve ser votada no plenário da Casa em meados de junho.

Enquanto isso, o mercado segue atento aos desdobramentos da crise política desde as denúncias contra o presidente Michel Temer e ainda carrega entre os cenários a sua saída.

Nesta tarde, o ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que Temer preste depoimento por escrito no âmbito de um inquérito em que é investigado por suspeita de organização criminosa, corrupção passiva e obstrução de Justiça na corte.

Destaques

- BRADESCO PN avançou 1,59 por cento, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,31 por cento.

- VALE PNA subiu 1,54 por cento e VALE ON ganhou 1,92 por cento, estendendo ganhos dos últimos quatro pregões. A Moody's manteve perspectiva positiva do rating da Vale, mesmo após ter piorado na semana passada a perspectiva do Brasil, por considerar que a companhia tem algum grau de isolamento em relação à economia do país.

- EDP ENERGIAS DO BRASIL avançou 2,43 por cento, em sessão positiva também para a maioria das empresas do setor elétrico. COPEL PNB ganhou 2,62 por cento e CEMIG PN teve valorização de 0,78 por cento.

- ELETROBRAS PNB perdeu 2,14 por cento, enquanto ELETROBRAS ON fechou estável, após decisão sobre a devolução de recursos a fundo do setor elétrico.

- PETROBRAS PN recuou 1,55 por cento e PETROBRAS ON caiu 1,32 por cento, em sessão marcada por queda nos preços do petróleo no mercado internacional.

- JBS ON caiu 3,9 por cento, anulando os ganhos de mais cedo e liderando a ponta negativa do Ibovespa. A empresa tem dominado o noticiário desde a delação de seus executivos. Os investidores monitoram o avanço do acordo de leniência com o Ministério Público Federal. A J&F, controladora da JBS, informou nesta terça a troca do escritório de advocacia para negociar com o Ministério Público um acordo de leniência.

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