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Ibovespa sobe 0,1% de olho nos EUA e na política local

O índice da bolsa paulista acumulou uma queda de 2,71% na semana, o pior desempenho semanal desde meados de maio

B3: as encomendas à indústria nos EUA subiram pelo segundo mês seguido em setembro (Germano Lüders/Site Exame)

B3: as encomendas à indústria nos EUA subiram pelo segundo mês seguido em setembro (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de novembro de 2017 às 18h52.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou a sexta-feira quase estável, após alternar alta e queda, com investidores avaliando dados norte-americanos e mantendo cautela diante da cena política local. Na semana, o Ibovespa teve a maior queda acumulada desde meados de maio.

O Ibovespa fechou em alta de 0,12 por cento, a 73.915 pontos, acumulando queda de 2,71 por cento na semana, o pior desempenho semanal desde meados de maio, quando o índice teve perda de mais de 8 por cento na semana que agitou os mercados após a delação de executivos da JBS. O giro financeiro deste pregão somou 11,34 bilhões de reais.

Em Wall Street, o S&P 500 subindo 0,31 por cento, o que ajudou a trazer de volta o tom positivo ao mercado brasileiro à tarde, após o Ibovespa ter chegado a cair 1 por cento na mínima.

As encomendas à indústria nos EUA subiram pelo segundo mês seguido em setembro, com alta de 1,4 por cento, acima da expectativa de economistas, de avanço de 1,3 por cento.

O dado visto como indicação de força econômica disparou mecanismos de alerta quanto ao ritmo de alta de juros nos EUA, que mais cedo mostravam um cenário mais tranquilo, após a confirmação da indicação de Jerome Powell para ficar à frente do Federal Reserve e após dados do mercado de trabalho nos EUA, com criação de vagas abaixo do esperado.

"Esse dado fez o dólar ganhar força e prejudicou os emergentes como um todo", disse o sócio analista da Eleven Financial Raphael Figueredo, acrescentando que o movimento vendedor perdeu força no final do pregão, após o Ibovespa ter caído nas três sessões anteriores.

Destaques

- LOJAS AMERICANAS PN caiu 7,2 por cento, após a empresa reportar seus dados do terceiro trimestre. Embora a empresa tenha tido lucro líquido de 23 milhões de reais, ante prejuízo de 70,6 milhões de reais um ano antes, os números foram considerados fracos por analistas. Para o Credit Suisse, o lucro ficou 27 por cento abaixo da estimativa. As vendas no conceito mesmas lojas da varejista subiram 2,5 por cento, mas houve recuo de 3 por cento na receita líquida.

- B2W ON caiu 6,7 por cento, apesar de ter mostrado redução de quase 40 por cento no prejuízo líquido do terceiro trimestre ante mesmo período de 2016.

- VALE ON teve alta de 2,19 por cento, em sessão positiva para os contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam no azul pelo terceiro dia seguido.

- CIELO ON avançou 3,82 por cento, engatando o terceiro pregão de alta, ainda refleitndo o resultado acima do esperado no terceiro trimestre.

- EMBRAER ON subiu 5,81 por cento, liderando a ponta positiva do Ibovespa, em sessão de alta do dólar.

- ELETROBRAS ON caiu 5,16 por cento e ELETROBRAS PNB perdeu 4,33 por cento, na esteira da informação de que o governo federal deve optar por um projeto de lei para viabilizar a privatização da empresa, e não por medida provisória, o que pode atrasar o processo e levar as discussões sobre a proposta mais perto do período eleitoral.

- PETROBRAS PN teve alta de 0,24 por cento e PETROBRAS ON subiu 0,97 por cento, em sessão de alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

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