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Ibovespa recua com fraqueza em NY e cautela com cena local

Às 11:22, o Ibovespa caía 0,42 por cento, a 94.181,39 pontos

B3: bolsa abriu pregão oscilando nesta segunda-feira, 22 (NurPhoto/Getty Images)

B3: bolsa abriu pregão oscilando nesta segunda-feira, 22 (NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 22 de abril de 2019 às 10h09.

Última atualização em 22 de abril de 2019 às 11h45.

São Paulo — A bolsa paulista mostrava o Ibovespa com pequena queda nesta segunda-feira, tendo de pano de fundo o tom relativamennte negativo em Wall Street, enquanto agentes se preparam para a agenda da semana, que conta com a retomada das discussões sobre a reforma da Previdência e temporada de balanços no Brasil.

Às 11:22, o Ibovespa caía 0,42 por cento, a 94.181,39 pontos. O volume financeiro somava 2,36 bilhões de reais.

As atenções continuam voltadas para tramitação da proposta que muda as regras das aposentadorias, com esperada votação do parecer pela admissibilidade da PEC na terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados.

Para a equipe da corretora H.Commcor, o evento promete mexer com o ânimo do mercado, com investidores cada dia mais cientes da iminência da retirada de alguns pontos do texto. Agentes financeiros estão atentos a uma eventual 'desidratação' do texto, que afete demais a economia aguardada com a reforma.

Integrantes do chamado centrão e até mesmo da legenda do presidente Jair Bolsonaro, o PSL, garantem que já foi fechado um acordo sobre as mudanças no texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), mas uma outra ala do governo garante que o texto ainda está sob negociação.

Nesse contexto, reunião do ministro da Economia, Paulo Guedes, com o presidente Jair Bolsonaro merece atenção.

Também no radar estão ameaças esparsas de greve dos caminhoneiros após a Petrobras elevar o preço do diesel. Representantes da categoria devem se reunir com o ministro da Infraestrutura na tarde desta segunda-feira.

A equipe da corretora Mirae Asset também chamou a atenção para a safra de resultados de empresas brasileiras, que ganha fôlego nos próximos dias com Cielo (dia 23), Bradesco (dia 25) e Lojas Renner (dia 25) entre as companhias que apresentam seus números sobre o primeiro trimestre.

Estrategistas do Santander Brasil esperam nova rodada de resultados saudáveis na temporada de balanços que acaba de começar, conforme relatório distribuído a clientes nesta segunda-feira.

Nos Estados Unidos, os pregões eram enfraquecidos pelo desempenho de ações de tecnologia, além de cautela com o começo de uma semana que deve ser a mais carregada da safra de resultados de empresas norte-americanas. O S&P 500 cedia 0,1 por cento.

Destaques

- VALE cedia 2,8 por cento, pressionada pelo noticiário envolvendo potenciais desdobramentos do desastre em Minas Gerais no fim de janeiro. Reportagem do Valor Econômico traz que o relator da CPI de Brumadinho no Senado pretende propor em seu relatório final um aumento no imposto conhecido como Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), espécie de royalty pago pelas mineradoras, para 10 por cento.

- CSN recuava 2,4 por cento, também entre as maiores quedas, contaminada pelo risco de aumento no royalty pago pelas mineradoras, tendo de pano de fundo valorização de mais de 70 por cento em 2019 até a última quinta-feira.

- CIELO cedia 2,2 por cento, pressionada pelo aumento da guerra de preços no setor de meios de pagamentos. Desta vez, a empresa de adquirência Safrapay, do Banco Safra, anunciou que não cobrará MDR nas transações de cartão de crédito para vendas até 50 mil reais por mês. Também o PagSeguro anunciou uma oferta de pagamento instantâneo para operações de crédito e débito.

- BANCO DO BRASIL caía 1,25 por cento, maior declínio entre ações de bancos listadas no Ibovespa, após acumular na última semana elevação de 4,5 por cento. Entre os privados, ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,7 por cento e BRADESCO PN perdia 0,8 por cento. Na semana passada, eles acumularam declínios de 0,36 e 0,46 por cento, respectivamente.

- PETROBRAS PN mostrava acréscimo 0,2 por cento e PETROBRAS ON subia de 0,6 por cento, em sessão de forte alta dos preços do petróleo no mercado internacional, enquanto agentes financeiros continuam atentos ao noticiário envolvendo eventual influência do governo na estratégia operacional da petrolífera de controle estatal.

- JBS avançava 3,8 por cento, retomando o fôlego após perder pouco mais de 6 por cento nos dois pregões anteriores, em movimento de correção depois de renovar cotação recorde na última quarta-feira. O papel tem se beneficiado, entre outros fatores, do surto de febre suína africana na China.

- WEG valorizava-se 1,7 por cento, entre as maiores altas do Ibovespa, a poucos dias da divulgação do balanço (24/04).

- BR DISTRIBUIDORA tinha elevação de 2,3 por cento, em nova sessão positiva, após fortes perdas desde o começo de abril. ULTRAPAR, por sua vez, caía 1,1 por cento.

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