Fachada da Bovespa: depois de interromper na véspera uma série de quatro quedas, o Ibovespa tinha às 11h44 horas variação positiva de 0,01%, a 52.630 pontos (Bloomberg News/Paulo Fidman)
Da Redação
Publicado em 12 de novembro de 2013 às 11h22.
São Paulo - O principal índice da Bovespa rondava a estabilidade no fim da manhã desta terça-feira, registrando um dia de pequenas variações, com Itaú Unibanco e Bradesco equilibrando a queda das ações do Banco do Brasil, após a instituição financeira estatal divulgar mais cedo seus números trimestrais.
Depois de interromper na véspera uma série de quatro quedas, o Ibovespa tinha às 11h44 horas variação positiva de 0,01 por cento, a 52.630 pontos. O giro financeiro do pregão era de 1,34 bilhão de reais.
A alta de Itaú Unibanco e Bradesco anulava a pressão negativa do Banco do Brasil, que tinha a principal queda do índice. O banco estatal anunciou mais cedo lucro líquido 0,9 por cento menor para o terceiro trimestre e voltou a rever projeções de desempenho para o ano. "O resultado foi 'ok', mas o mercado continua um pouco preocupado com inadimplência, que veio um pouquinho maior, e retorno sobre patrimônio líquido, apesar de ter vindo até razoável", afirmou o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora.
"O mercado vê esse resultado e começa a olhar para a frente, como vai ser em 2014, quando talvez tenhamos novamente uma economia não muito forte", completou, acrescentando que o papel teve alta expressiva no mês passado, de 15,09 por cento, e estava sujeito à realização de lucros.
Depois de também divulgar resultados, MRV Engenharia subia. A construtora e incorporadora teve lucro líquido em linha com o esperado para o terceiro trimestre.
"A empresa demonstrou eficiência operacional, se aproveitando da diminuição da concorrência no seu setor chave, o (programa do governo federal) Minha Casa Minha Vida, para diminuir seus estoques e atingir um dos melhores trimestres de vendas da história", afirmou o diretor da Ativa Corretora, Ricardo Correa, em relatório.
As ações preferenciais da Petrobras operavam com comportamento incerto após terem avançado brevemente em reação à notícia de que o Conselho da estatal se reunirá na tarde desta terça-feira. A declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que a reunião não tratará de reajuste de combustíveis fez os papéis voltarem para o campo negativo. No cenário macroeconômico, a promessa do Partido Comunista da China de deixar os mercados desempenhar um papel "decisivo" na alocação de recursos não bastava para animar os mercados.
As principais praças financeiras globais continuavam temerosas quanto a uma possível redução antes do esperado do programa de estímulos do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, após a divulgação de números fortes do mercado de trabalho na sexta-feira. Na quinta-feira, Janet Yellen, indicada pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para suceder o atual chairman do Fed, será sabatinada pelo Comitê Bancário do Senado, que a avaliará antes de decidir sobre o envio de sua indicação para aprovação total do Senado.