B3 (B3SA3) reajusta valor a ser pago em seus dividendos do segundo trimestre (Patricia Monteiro/Bloomberg)
Tais Laporta
Publicado em 26 de junho de 2019 às 17h37.
Última atualização em 26 de junho de 2019 às 18h05.
A bolsa paulista recuperou nesta quarta-feira (26) parte das perdas da véspera, em meio às expectativas de que a reforma da Previdência possa ser votada na Comissão Especial nesta semana. O Ibovespa, principal indicador da B3, subiu 0,6%, a 100.688 pontos.
Perto do final do pregão, o deputado Marcelo Ramos (PL-AM), presidente da comissão especial da reforma da Previdência, marcou para a quinta-feira o leitura de complementação de voto do relator e avaliação de pedidos de adiamento de votação do parecer.
Segundo Ramos, se todos os requerimentos de adiamento forem derrubados, a comissão poderá definir a data de início de votação da reforma. A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-PR), não descartou chances de votação na comissão já na quinta-feira.
"Alguns dias de atraso não vão fazer diferença tão gritante na Previdência, o importante é que ela seja aprovada antes do recesso (Parlamentar)", disse à Reuters Felipe Silveira, analista da Coinvalores. O recesso parlamentar começa em 18 de julho.
Enquanto isso, o mercado ainda se recuperou do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na terça-feira, que minou apostas sobre possível corte de juros nos Estados Unidos, e se mantinha na expectativa sobre o encontro entre os presidentes da China e dos Estados Unidos na cúpula do G20, no Japão.
Mais cedo, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que o acordo comercial entre os dois países estava "cerca de 90 por cento" completo e que acredita que "existe uma rota para finalizar isso".
Os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, vão se reunir nesta semana na cúpula do G20 sob a expectativa de que aliviem a guerra comercial iniciada por Washington e que já dura 11 meses.
O dólar, por sua vez, fechou em ligeira queda frente ao real nesta quarta-feira, mas ainda demonstrou desempenho mais forte no Brasil do que no exterior, em meio a uma persistente demanda por moeda física diante de saídas de recursos típicas de fim de mês. O dólar à vista recuou 0,16%, a 3,8467 reais na venda.