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Ibovespa recua puxado por tombo de 3% da Vale; Inter e brMalls disparam

Queda de minério de ferro e divulgação do relatório de produção afetam papéis da mineradora

. (Germano Lüders/Exame)

. (Germano Lüders/Exame)

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Beatriz Quesada

Publicado em 19 de abril de 2022 às 17h23.

Ibovespa hoje: a bolsa brasileira encerrou esta terça-feira, 19, puxada pelas ações da Vale (VALE3), que são os papéis com maior peso na carteira teórica do índice, representando cerca de 16% do Ibovespa. 

As ações da mineradora recuaram mais de 3% hoje, acompanhando a queda do minério de ferro na China. A commodity, por sua vez, caiu com a volta do lockdown em Tangshan, o maior centro siderúrgico do país. 

Os investidores da Vale também aguardam a divulgação do relatório de produção da empresa no primeiro trimestre de 2022. O documento, que será divulgado após o fechamento do mercado, pode reforçar as preocupações dos analistas quanto à demanda pelo minério de ferro. 

  • Ibovespa: - 0,55%, 115.056 pontos
  • Dólar: + 0,43%, R$ 4,668
  • Vale (VALE3): - 3,19%

As bolsas de Wall Street, por outro lado, apresentaram firme recuperação, após caírem em cinco dos últimos seis pregões. Mas as preocupações sobre os níveis da inflação e do aperto monetário do Federal Reserve (Fed, banco central americano) seguem no radar, tanto que o rendimento dos títulos americanos subiu nesta terça, com destaque para o de 10 anos, que renovou o maior patamar desde 2018, a 2,917%.

  • Dow Jones (EUA): + 1,45%
  • S&P 500 (EUA): + 1,61%
  • Nasdaq (EUA): + 2,15%

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Destaques de ações

Para além da Vale, outro grande destaque de queda nesta terça-feira foram as ações das companhias elétricas. Cemig (CMIG4) recuou mais de 5% e liderou as perdas do dia, seguida pelos papéis da Eletrobras (ELET3/ELET6) que apresentaram fortes quedas com investidores de olho na privatização da estatal.

O Tribunal de Contas da União (TCU) julga amanhã o processo de desestatização da companhia – que deve ser adiado. O ministro do TCU Vital do Rêgo já sinalizou que pedirá vista, o que pode atrasar o julgamento, extrapolando o prazo considerado ideal por investidores para a conclusão da operação. O receio foi incorporado no preço, fazendo as ações desabarem em torno de 4%.

  • Cemig (CMIG4):  - 5,84%
  • Eletrobras (ELET3): - 4,40%
  • Eletrobras (ELET6): - 3,33%

No extremo oposto, as ações da brMalls (BRML3) saltaram mais de 7%, com investidores digerindo a nova proposta de fusão da Aliansce Sonae (ALSO3). Esta foi a terceira oferta da companhia.

Os termos propostos consideram um aumento de 18% em relação à proposta original de janeiro deste ano. Em relação à última oferta, a relação passou de 0,334 ação da Aliansce para 0,394 por ação da brMalls. Dessa forma, os acionistas da brMalls ficarão com 55,2% da nova empresa. Por outro lado, o pagamento em dinheiro proposto foi reduzido de R$ 1,850 bilhão para R$ 1,25 bilhão.

Em resposta à nova oferta, a brMalls sinalizou que irá levar os termos à apreciação de acionistas em assembleia geral. As últimas duas propostas haviam sido recusadas diretamente pelo conselho da companhia, gerando desconforto em grandes acionistas da empresa. As ações da Aliansce fecharam o dia em leve alta, após abrirem em queda. 

  • brMalls (BRML3): + 7,66%
  • Aliansce Sonae (ALSO3): + 0,85%

    O maior destaque de alta do dia, no entanto, ficou com as units do Banco Inter (BIDI11). Os papéis estenderam os ganhos de 4,4% da véspera, e saltaram mais de 9% hoje, reagindo ao anúncio da retomada dos planos de listagem do Inter na bolsa americana Nasdaq

    • Banco Inter (BIDI11): + 9,15%

    As ações da Petrobras (PETR3/PETR4) também encerraram o dia no campo positivo, após notícia do Exame In de que o BNDES pretende vender R$ 5 bilhões em ações da companhia.

    • Petrobras (PETR3): + 1,73%
    • Petrobras (PETR4): + 3,03%
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