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Ibovespa recua à espera do Fed

Às 11:05, o Ibovespa caía 0,35 %, a 99.060,98 pontos

B3: bolsa paulista mostrava alguma fraqueza nesta quarta-feira (Cris Faga/Getty Images)

B3: bolsa paulista mostrava alguma fraqueza nesta quarta-feira (Cris Faga/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2019 às 10h33.

Última atualização em 19 de junho de 2019 às 11h15.

São Paulo — A bolsa paulista mostrava alguma fraqueza nesta quarta-feira, após o Ibovespa fechar acima dos 99 mil pontos na véspera pela primeira vez desde março, com agentes financeiros optando por cautela na expectativa da decisão de política monetária do banco central norte-americano à tarde.

Às 11:05, o Ibovespa caía 0,35 %, a 99.060,98 pontos. O volume financeiro nesta véspera de feriado somava 2,32 bilhões de reais.

Na visão da equipe do Departamento Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, o mercado aguarda o desfecho da reunião do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês), que será conhecido às 15h (horário de Brasília).

A expectativa é de que "a instituição sinalize possíveis cortes de juros nos próximos meses, em linha com a recente atividade global mais enfraquecida e dos indicativos de que a desaceleração foi acompanhada pela economia norte-americana", afirmou em relatório a clientes nesta quarta-feira.

Além do comunicado com a decisão, o Fed divulgará projeções econômicas dos EUA e o chairman Jerome Powell dará entrevista à imprensa.

O Banco Central brasileiro também ocupa as atenções nesta quarta-feira, mas terá sua decisão sobre a taxa básica de juros conhecida apenas após o fechamento do mercado. Pesquisa Reuters apurou que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deverá manter a Selic a 6,5% ao ano.

"As apostas são de que a autoridade monetária sinalize corte(s) de juros nas próximas reuniões", destacou a equipe da Coinvalores em nota a clientes.

Destaques

- SMILES desabava 10,6%, após a empresa de redes de fidelidade de clientes e a sua controladora Gol encerraram sem acordo negociações relacionadas à reestruturação societária proposta pela companhia aérea, que ressaltou que o término das tratativas não altera a decisão de não renovar o contrato operacional com a Smiles. As preferenciais da GOL caíam 1,2%.

- NATURA tinha elevação de 2,6%, diante de notícia de que a fabricante de cosméticos obteve na justiça direito a benefício fiscal. Segundo o jornal Valor Econômica, ela obteve no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, em São Paulo, o direito de excluir da base de cálculo do IRPJ e da CSLL até 60% de seus gastos com atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.

- VALE subia 0,3%, tendo de pano de fundo nova alta nos preços do minério de ferro na China e anúncio da mineradora de que retomará a integralidade das operações a úmido em sua mina de Brucutu (MG) após decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra uma liminar que suspendia as atividades da barragem Laranjeiras.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON cediam 0,6% e 0,3%, respectivamente, em movimento alinhado ao declínio dos preços do petróleo no exterior.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,8%, após fortes ganhos na véspera, com BRADESCO PN em baixa de 1,1%, enfraquecendo o Ibovespa.

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