Fachada da Bovespa: mercado era conduzido para baixo pelas ações de Itaú Unibanco, Vale e Petrobras (Bloomberg News/Paulo Fidman)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2014 às 12h22.
São Paulo - A Bovespa recuava nesta quinta-feira, apesar da alta das bolsas norte-americanas e de dados melhores que o esperado do comércio exterior da China, com ações que guiaram o avanço do mercado nos últimos dias devolvendo parte dos ganhos recentes e investidores avaliando novos balanços de empresas.
Às 11h45, o Ibovespa caía 0,86 por cento, a 53.590 pontos. O giro financeiro do pregão era de 2 bilhões de reais.
O mercado era conduzido para baixo pelas ações de Itaú Unibanco, Vale e Petrobras . O papel preferencial da petroleira caía quase 4 por cento, depois de ter acumulado alta superior a 50 por cento em pouco mais de 30 dias.
A Vale recuava mesmo depois de as exportações e importações chinesas mostrarem leve crescimento em abril, contrariando as projeções de queda de economistas, com aumento nas importações de minério de ferro. "É uma maneira do mercado ajustar um pouco os preços depois das altas dos últimos dias terem provocado um descolamento com o exterior. Mas nada que venha comprometer a configuração recente de alta", afirmou o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora. "O volume financeiro aumentou bastante, é uma forma de ver que investidores ausentes entraram na bolsa."
Segundo Figueredo, apesar da baixa desta quinta, a análise técnica mostra que o mercado entrou em tendência altista (bull market), uma vez que subiu mais de 15 por cento desde seu patamar mínimo no ano, em meados de março, e houve a formação de topos e fundos ascendentes no gráfico de análise diária.
As ações da Telefônica Brasil apareciam entre as principais quedas do dia, uma vez que o lucro da empresa no primeiro trimestre recuou e ficou abaixo das expectativas de analistas, afetado por menor desempenho operacional e aumento nas despesas financeiras. Eletropaulo e Braskem também recuavam, depois de divulgar resultados. A Eletropaulo teve prejuízo líquido de 183,5 milhões de reais no primeiro trimestre, prejudicada por aumento de gastos com compra de energia.
Já a petroquímica recuava depois do lucro saltar 70 por cento no período, mas impulsionado pela venda de ativos e pela adoção da contabilidade de hedge. Na ponta positiva, Anhanguera figurava como maior alta, ainda repercutindo mudança na relação de troca de ações para fusão com a Kroton, anunciada na quarta.