Bolsa: Ibovespa encerrou o pregão a 97.307,31 pontos (Denis Balibouse/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 18h13.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 18h37.
A bolsa paulista fechou com o Ibovespa em queda nesta quarta-feira, com as ações da Vale entre as maiores pressões negativas após perder o grau de investimento pela Moody's, enquanto os papéis da RD dispararam quase 9 por cento após balanço e anúncio de aquisição da rede de drogarias Onofre.
As ações da Petrobras fecharam em alta tendo de pano de fundo a alta do petróleo no exterior e expectativas para o resultado do quarto trimestre, após o fechamento do pregão. O Credit Suisse espera lucro líquido de 3,19 bilhões de reais.
Índice de referência do mercado brasileiro, o Ibovespa caiu 0,3 por cento, a 97.307,31 pontos, de acordo com dados preliminares, em sessão na qual trocou de sinal algumas vezes, oscilando da mínima de 96.885,98 pontos à máxima de 97.781,81 pontos. O giro financeiro somava 1,7 bilhões de reais.
O pregão brasileiro também teve como pano de fundo alguma fraqueza em Wall Street, com sinalizações menos positivas do governo norte-americano sobre as negociações comerciais EUA-China, além de certa cautela com a cena geopolítica. O S&P 500 fechou com variação negativa de 0,05 por cento.
A ausência de avanços relacionados à reforma da Previdência combinada com sinais de um relacionamento ainda complicado entre governo e Congresso Nacional também continuaram debilitando o ânimo nos negócios.
"A reforma da Previdência já está no preço e terá impactos com sinais mais concretos com avanços sobre a sua aprovação", disse o estrategista-chefe da consultoria independente de investimentos Levante, Rafael Bevilacqua.
A equipe da BB Investimentos também chamou a atenção em relatório que a proximidade do feriado prolongado do Carnaval na próxima semana - quando a bolsa abre apenas a partir de quarta-feira - tende a reduzir a liquidez do mercado acionário e trazer mais cautela por parte dos investidores nesta semana.
- VALE caiu 0,78 por cento, após a agência de classificação Moody's cortou o rating global atribuído à mineradora de "Baa3" para "Ba1", com perspectiva negativa, e retirar o grau de investimento da companhia, após o rompimento de uma de suas barragens em Brumadinho (MG).
- RD disparou 7,47 por cento, após resultado trimestral conhecido na noite de terça-feira, bem como anúncio de acordo para compra de 100 por cento da Drogaria Onofre, por valor não revelado.
- PETROBRAS PN avançou 1,88 por cento, tendo de pano de fundo a alta do petróleo no exterior e expectativas para o resultado do quarto trimestre, que será conhecido ainda nesta quarta-feira. O Credit Suisse espera lucro líquido de 3,19 bilhões de reais.
- ELETROBRAS ON subiu 4,76 por cento, tendo de pano fundo comentário do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, de que a proposta do governo Jair Bolsonaro de realizar uma operação de capitalização da elétrica estará pronta até junho e que a pasta já tem interagido com parlamentares sobre o tema.
- IGUATEMI caiu 2,48 por cento, mesmo após a administradora de shopping centers reportar alta de 14 por cento no lucro líquido no quarto trimestre, com alta nas despesas ofuscando o desempenho.
- BRADESCO PN perdeu 1,11 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN fechou em baixa de 0,88 por cento, pesando no desempenho do Ibovespa. A sessão contou com dados de crédito divulgados pelo Banco Central, mas analistas consideraram de modo geral os números positivos.
- SUZANO encerrou em queda de 4,33 por cento, após alta nos dois pregões anteriores, que alcançou 5,9 por cento, tendo de pano de fundo a queda do dólar frente ao real .