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Íbovespa recua com investidor atento ao cenário eleitoral

Outros mercados acionários emergentes também mostravam viés de baixa nesta sessão


	Bovespa: às 12h12, o Ibovespa recuava 1,6%, a 57.706 pontos, e o volume financeiro somava 2,5 bilhões de reais
 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Bovespa: às 12h12, o Ibovespa recuava 1,6%, a 57.706 pontos, e o volume financeiro somava 2,5 bilhões de reais (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 12h30.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava nesta quarta-feira, trabalhando abaixo dos 58 mil pontos pela primeira vez desde meados de agosto, com investidores atentos a novas pesquisas eleitorais.

Outros mercados acionários emergentes também mostravam viés de baixa nesta sessão, com o índice MSCI de referência recuando pela quinta sessão consecutiva, em meio a reavaliações sobre os juros nos Estados Unidos.

Às 12h12, o Ibovespa recuava 1,6 por cento, a 57.706 pontos. O volume financeiro da sessão somava 2,5 bilhões de reais.

O chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, que pediu para não ser identificado, disse que ainda observa fluxo para Brasil, mas que a forte valorização recente das ações e as incertezas políticas fizeram com que o apetite diminuísse.

Nesta manhã, pesquisa Vox Populi mostrou a candidata Marina Silva (PSB) com 42 por cento contra 41 por cento da presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo turno da eleição presidencial de outubro.

O mercado aguarda agora pesquisa Datafolha prevista para ser divulgada nesta noite, no Jornal Nacional da TV Globo.

As ações da Petrobras, que vêm reagindo ao calendário eleitoral, recuavam perto de 3 por cento.

A menor chance de reeleição de Dilma indicada em pesquisas a partir de meados de agosto vinha impulsionando a Bovespa, entre outros fatores, por expectativas de menor intervenção em empresas estatais e em alguns setores da economia sinalizada pelos candidatos de oposição.

Novos levantamentos mostrando um quadro mais disputado têm levado parte dos investidores a embolsar lucros ou reduzir posições. Em agosto, o Ibovespa acumulou alta de quase 10 por cento.

Análise técnica da Itaú Corretora divulgada logo cedo citava os 58.150 pontos como importante suporte, que sustentava a tendência de alta.

Abaixo disso, "o índice ingressará em uma região de indefinição no curto prazo, encontrando suporte em 56.800 e forte suporte em 55.200 pontos".

O quadro negativo em bolsas nos Estados Unidos e também na Europa pouco ajudavam o pregão doméstico, com o norte-americano S&P 500 recuando 0,15 por cento.

Corporativo

Papéis do segmento imobiliário figuravam entre as maiores baixas do Ibovespa. O gestor de uma admnistradora de recursos no Rio atrelou a queda à maior volatilidade que tais ações apresentam com relação ao índice. "Em um cenário de recuperação da bolsa, os papéis também tendem a se valorizar com mais intensidade."

A ação da administradora de shoppings BR Malls tinha perda significativa, após o Citi reduzir a recomendação do papel para "neutra", citando o rali recente.

O setor siderúrgico era destaque na ponta negativa com Gerdau, um dia após o Departamento de Comércio dos EUA reverter decisão preliminar que impunha direitos antidumping sobre as importações de vergalhões de aço da Turquia, decisão considerada negativa para a siderúrgica brasileira.

Usiminas também caía com força, após analistas do Bank of America Merrill Lynch cortarem a recomendação para as ações para "underperform" (desempenho abaixo da média do mercado) ante "neutra". 

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