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Ibovespa recua, com cortes de recomendação no radar

Índice era pressionado pelas blue chips Petrobras e Vale, em meio a cortes de recomendações por bancos estrangeiros


	Operadores na Bovespa: Após alta superior a 3 por cento na véspera, o Ibovespa caía 0,98 por cento às 11h54, a 51.819 pontos
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Operadores na Bovespa: Após alta superior a 3 por cento na véspera, o Ibovespa caía 0,98 por cento às 11h54, a 51.819 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 11h33.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta quarta-feira, pressionado pelas blue chips Petrobras e Vale, em meio a cortes de recomendações por bancos estrangeiros, além de continuidade de especulações sobre aumento - ou não - de gasolina e nova queda dos preços do minério de ferro na China.

A expectativa sobre a nova equipe econômica de Dilma Rousseff após a reeleição segue no radar de investidores, mas os holofotes nesta sessão também estão direcionados para a decisão de política monetária do banco central norte-americano e os sinais sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos.

A safra de balanços do terceiro trimestre repercutia no pregão, com Usiminas em forte queda após números fracos e resultado operacional abaixo do esperado.

Após alta superior a 3 por cento na véspera, o Ibovespa caía 0,98 por cento às 11h54, a 51.819 pontos. O volume financeiro da sessão somava 2 bilhões de reais.

"Não há razão para a bolsa subir além do atual nível, uma vez que a conjuntura econômica do Brasil segue a mesma, com o grau de investimento em risco, inflação alta e contas públicas descontroladas, além da queda em commodities", vê o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Ferreira Lukaisus.

"Vamos reagir conforme vierem os anúncios de mudança do governo, embora alterações do atual quadro devem demorar, sem contar o trabalho que exigirão", avalia.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve deve anunciar que não vai mais expandir seu portfólio de Treasuries de ativos lastreados em hipotecas, finalizando o programa de compra mensais, hoje em 15 bilhões de dólares. A foco está voltado para o comunicado e sinais sobre o rumo dos juros. Em Wall Street, o índice S&P 500 avançava apenas 0,2 por cento logo após a abertura.

Papel por papel

As ações da Petrobras estavam entre as maiores quedas do Ibovespa, devolvendo boa parte da alta da véspera, em meio a especulações sobre um aguardado reajuste de combustíveis, mas também afetadas pelo corte de recomendação "compra" para "neutra" pelo Goldman Sachs, que ainda reduziu o preço-alvo dos papéis e os excluiu da sua lista LatAm Spotlight.

Vale também sofria neste pregão, véspera de divulgação do balanço, após nova queda nos preços do minério no mercado à vista na China, para perto do menor nível desde 2009. O Credit Suisse cortou a recomendação para o ADR da mineradora de "neutra" para "underperform" e o preço-alvo.

Da temporada de resultados, Usiminas era um dos destaques negativos do índice, após divulgar mais cedo que encerrou um ano de resultados positivos ao fechar o terceiro trimestre com prejuízo de 24 milhões de reais e Ebitda abaixo do esperado por analistas.

As ações da Cielo reverteram o fôlego da abertura e recuavam 1 por cento. A empresa anunciou na véspera que a combinação de receitas fortes e maiores volumes de pré-pagamentos garantiu um aumento anual do lucro no terceiro trimestre. Em teleconferência com analistas, o presidente da companhia disse que 2015 será desafiador. CCR caía 0,5 por cento, um dia após reportar lucro líquido de 346,1 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 14,2 por cento ante mesmo período de 2013, praticamente em linha com o esperado.

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