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Ibovespa recua com conflito entre EUA e Irã, mas encerra semana no azul

A bolsa paulista acumulou uma valorização de 1,78% nesta semana e fechou o pregão desta sexta-feira com 117.706,66 pontos

Ibovespa: bolsa caiu 0,73% nesta sexta-feira (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: bolsa caiu 0,73% nesta sexta-feira (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de janeiro de 2020 às 18h29.

Última atualização em 3 de janeiro de 2020 às 18h52.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista recuou nesta sexta-feira, seguindo a tendência de mercados internacionais, após um ataque aéreo dos Estados Unidos matar uma importante autoridade iraniana, agravando as tensões no Oriente Médio.

O Ibovespa caiu 0,73%, a 117.706,66 pontos, mas avançou 1,78% na semana. O volume financeiro da sessão somou 29,1 bilhões de reais.

A cautela prevaleceu no plano internacional, após um ataque dos Estados Unidos no Iraque matar um importante comandante militar iraniano, escalando as tensões no Oriente Médio. Os EUA informaram que a ação visava interromper um "ataque iminente" que colocaria em risco os norte-americanos na região.

No pior momento da sessão, o Ibovespa caiu 1,2%. À tarde, as perdas foram esvaziadas e o índice chegou a operar no azul.

Para Raphael Guimarães, operador de renda variável da RJ Investimentos, a tensão no Oriente Médio pode ser prolongada com o desenrolar da história afetando o mercado no longo prazo.

"O mercado está aguardando o posicionamento do Irã sobre uma potencial retaliação aos EUA e as consequências que isso pode desencadear", afirmou, acrescentando que espera que os preços do petróleo continuem sendo puxados no médio prazo.

Além do impacto no petróleo, mercados internacionais refletiram a preocupação de agentes com a questão. Na Europa, O índice FTSEurofirst 300 caiu 0,17%, enquanto em Nova York, o S&P 500 perdeu 0,71%.

Destaques

- GOL PN e AZUL PN despencaram 3,42% e 3,47%, respectivamente, com o setor aéreo prejudicado pelo salto nos preços do petróleo, com o recrudescimento da tensão EUA-Irã.

- PETROBRAS PN perdeu 0,81% e PETROBRAS ON cedeu 2,47%, após terem segurando alta durante grande parte do pregão. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que tentou falar com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre riscos de uma possível alta de combustíveis no país.

- BRASKEM PNA disparou 4,44%, após acertar com autoridades federais e estaduais de Alagoas acordo de 2,7 bilhões de reais para reparação de prejuízos a milhares de vítimas de fenômeno de afundamento e rachaduras de solo que atinge a capital do estado há meses. A cifra inclui gastos com fechamento de poços de mineração de sal na região.

- B3 ON perdeu 2,88%, em sessão de ajuste após ter saltado cerca de 5,8% na véspera, na sequência de anúncio de redução e simplificação de tarifas.

- ITAÚ UNIBANCO recuou 1,05%. SANTANDER BR UNIT fechou estável, enquanto BRADESCO PN subiu 0,05%.

- GRUPO NATURA ON saltou 6,97%, diante da conclusão da compra da Avon, que fará a companhia brasileira ser o quarto maior grupo de beleza do mundo.

- CYRELA disparou 5,43%. Fora do índice, BR PROPERTIES disparou 6,12% e GAFISA teve incremento de 4,53% estendendo o rali recente da construção civil.

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