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Ibovespa recua após Câmara votar impeachment

Na semana passada, o índice de referência do mercado acionário brasileiro acumulou alta de 5,8%. O volume financeiro somava 830,3 milhões de reais


	Ibovespa: às 10:35, o Ibovespa caía 1,06%, a 52.662,16 pontos.
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Ibovespa: às 10:35, o Ibovespa caía 1,06%, a 52.662,16 pontos. (.)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2016 às 11h15.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuava na manhã desta segunda-feira, em meio a movimentos de realização de lucros, após a Câmara dos Deputados aprovar pedido de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, confirmando as apostas majoritárias no mercado.

A correção negativa era endossada pelo quadro externo desfavorável, particularmente o declínio dos preços do petróleo, com a primeira etapa da sessão na bolsa paulista ainda marcada pelo vencimento de contratos de opções sobre ações

Às 10:35, o Ibovespa caía 1,06%, a 52.662,16 pontos.

Na semana passada, o índice de referência do mercado acionário brasileiro acumulou alta de 5,8%. O volume financeiro somava 830,3 milhões de reais.

"É o tradicional 'realiza no fato'", disse um gestor, referindo-se ao movimento na bolsa no qual muitas vezes as ações sobem na expectativa de determinado evento, e recuam após o anúncio do mesmo.

No domingo à noite, a Câmara aprovou o impeachment com 367 votos favoráveis - ante os 342 necessários - e agora enviará ao Senado uma resolução autorizando a instauração do procedimento de impedimento. Caberá ao Senado decidir se referenda a decisão da Câmara e, em caso positivo, julgar a presidente.

Profissionais do mercado financeiro citaram que o resultado era em grante parte aguardado, mas avaliaram positivamente a folga de 25 votos é um elemento positivo. Ainda assim seguem vendo obstáculos e volatilidade nos ativos locais à frente.

O foco agora está voltado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ainda não definiu a tramitação do impeachment na Casa. O Credit Suisse disse em nota a clientes que não espera uma decisão final sobre impeachment no Senado antes de julho.

No exterior, as bolsas eram afetadas negativamente pelo forte recuo dos preços do petróleo após países produtores de petróleo não chegarem a um acordo no domingo, em Doha, para congelar a produção de petróleo. Resultados trimestrais de empresas também pesavam em Wall Street.

O primeiro pregão da semana também trouxe a segunda prévia da carteira do Ibovespa que vai vigorar a partir de 2 de maio, mantendo a saída das ações da varejista Cia Hering e da operadora de telecomunicações Oi e nenhuma entrada.

Destaques 

PETROBRAS tinha as ações preferenciais em queda de 5,8% e as ordinárias com decréscimo de 4,6%, com o forte declínio dos preços do petróleo no exterior corroborando uma realização de lucros após os papéis avançarem mais de 17% na semana passada.

BANCO DO BRASIL perdia 2,3%, também reflexo de realização de lucros endossada pelo exterior desfavorável, após as ações avançarem 8,6% na última semana. Também passavam por ajustes ITAÚ UNIBANCO, em queda de 1,2%, e BRADESCO, com baixa de 0,7%.

VALE tinha as preferenciais em baixa de 1,3%, mas os papéis ordinários subiam 0,4%, em sessão de alta dos preços do minério de ferro <.IO62-CNI=SI> na China.

USIMINAS cedia 1,4%, após assembleia extraordinária de acionistas aprovar aumento de capital de 1 bilhão de reais, com emissão de 200 milhões de novas ações ordinárias. Os papéis ordinários, que não estão no Ibovespa, subiam 4,3%, a 4,61 reais ante o preço de 5 reais para a emissão dos novos papéis.

BM&FBOVESPA e CETIP caíam 1,3 e 0,15%, respectivamente, tendo no radar a notícia de que aprovaram protocolo e justificação para a união das empresas, em operação que será submetida a acionistas em assembleia geral extraordinária convocada para 20 de maio.

SUZANO PAPEL E CELULOSE avançava 1,4%, liderando os ganhos do setor de papel e celulose, ajudados pela valorização dólar frente ao real .

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