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Ibovespa recua à espera de novas definições do governo

Às 10h10, o Ibovespa caía 0,25%, a 51.675 pontos

Segundo o Santander, grande aumento no consumo deve impulsionar as ações ligadas à economia doméstica (Germano Luders)

Segundo o Santander, grande aumento no consumo deve impulsionar as ações ligadas à economia doméstica (Germano Luders)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2016 às 11h06.

São Paulo - O principal índice da Bovespa revertia as perdas da abertura e subia na manhã desta segunda-feira, em sessão com vencimento dos contratos de opções sobre ações.

Os negócios tinham como pano de fundo o avanço dos preços de commodities e a manutenção das expectativas de medidas concretas do governo de Michel Temer.

Às 10h42, o Ibovespa subia 0,38%, a 52.003 pontos. O volume financeiro era de 838 milhões de reais.

A alta dos preços do petróleo destacava-se no cenário internacional, tocando máximas desde 2015, diante de ampliação nos cortes de produção na Nigéria e estimativa do Goldman Sachs de que o mercado encerrou um ciclo de excesso de oferta e passou a um déficit.

Também no radar externo estavam indicadores chineses divulgados no fim de semana, mostrando que investimentos, produção industrial e vendas no varejo cresceram mais lentamente do que o esperado em abril, aumentando os temores de que uma recuperação vista em março já esteja se esgotando.

Wall Street mostrava o S&P 500 com acréscimo de 0,3%, endossando a melhora no pregão local.

Do front político e econômico nacional, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, adiou para terça-feira o anúncio de sua equipe, incluindo o presidente do Banco Central, mantendo investidores em modo espera quanto a mais definições do governo Temer.

Destaques

Petrobras tinha as preferenciais em alta de 2,22% e as ações ordinárias subindo 3,38%, na esteira do avanço dos preços do petróleo no exterior, embora o quadro político no país permaneça no radar.

Vale mostrava as preferenciais com acréscimo de 3,07% e as ordinárias com ganho de 4,09%, alinhadas ao avanço de outras mineradoras na Europa e à alta do preço do minério de ferro na China.

A mineradora ainda informou na sexta-feira ter tomado conhecimento de uma ação civil pedindo a suspensão do licenciamento ambiental do bilionário projeto S11D, em Canaã dos Carajás e que adotará todas as medidas necessárias para assegurar seu direito de defesa dentro dos prazos legais.

CSN subia 3,57% e capitaneava os ganhos do setor siderúrgico, na esteira do minério de ferro, mas também sinalizações do governo de Michel Temer visando estreitar relacionamento com a iniciativa privada para destravar projetos de infraestrutura e privatizações.

Lojas Americanas subia 2,23%, tendo no radar decisão do seu Conselho de Administração de que exercerá o direito de preferência para a subscrição das ações do aumento de capital da B2W, na proporção da sua participação.

B2W, que não está no Ibovespa, mostrava volatilidade após aprovar aumento de capital de 823 milhões de reais.

Cemig oscilava ao redor da estabilidade, apesar de seu lucro despencar 99,65% nos primeiros três meses do ano, quando a despesa financeira da estatal mineira saltou 50,87%.

BR Malls caía 4,13%, após resultado trimestral com lucro líquido de 130,7 milhões de reais nos primeiros três meses do ano e queda de 6,5% no Ebitda na comparação anual. 

A administradora de shoppings disse que está recorrendo a descontos para atrair grandes varejistas para seus empreendimentos.

Cesp recuava 1,34%, em meio à repercussão do balanço do primeiro trimestre, com queda no lucro para 97,9 milhões de reais. O Ebitda caiu 63,7% na comparação anual.

Matéria atualizada às 11h06

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