Bovespa: o volume financeiro do pregão somou 8,16 bilhões de reais (Bovespa/Divulgação)
Reuters
Publicado em 25 de outubro de 2016 às 19h04.
Última atualização em 25 de outubro de 2016 às 19h04.
São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou no vermelho nesta terça-feira, perdendo o patamar dos 64 mil pontos após recentes ganhos abrirem a porta para ajustes e com Petrobras entre as principais influências negativas, refletindo queda do petróleo.
Vale, no entanto, cujas ações PNA fecharam no maior patamar em quase dois anos, limitou a baixa.
O Ibovespa caiu 0,3 por cento, a 63.866 pontos. O volume financeiro do pregão somou 8,16 bilhões de reais.
Apesar da queda no pregão, o Ibovespa acumula alta de 9,4 por cento em outubro.
O recente movimento de alta tem refletido o otimismo do mercado em relação à política local e ao avanço de medidas econômicas no Congresso Nacional. Investidores aguardam a votação em segundo turno na Câmara da medida que limita o crescimento dos gastos, prevista para esta terça-feira.
O cenário externo menos favorável corroborou o ajuste desta sessão, com Wall Street fechando no vermelho com resultados e projeções de empresas de vários setores abaixo das expectativas.
DESTAQUES
Petrobras PN caiu 1,1 por cento e Petrobras ON perdeu 2,12 por cento, na esteira da queda nos preços do petróleo e após as fortes altas recentes que levaram os papéis preferenciais da petroleira a acumular ganhos superiores a 30 por cento no mês e ao redor de 170 por cento no ano.
Hypermarcas cedeu 5,06 por cento, maior perda do Ibovespa, após anúncio da saída da família Gonçalves do bloco de controle da empresa.
Banco do Brasil caiu 2,37 por cento, em dia de perdas do setor bancário, mas com os bancos privados tendo queda mais contido. Itaú Unibanco perdeu 0,53 por cento.
Lojas Renner teve variação positiva de 0,04 por cento, após cair 2,8 por cento na mínima. A empresa divulgou na véspera o balanço do terceiro trimestre, quando teve queda de 3,9 por cento nas vendas no conceito mesmas lojas ante mesmo período de 2015, primeira queda anual desde 2009. O BTG Pactual frisou o resultado fraco, mas manteve recomendação de compra.
Vale PNA subiu 6,5 por cento e Vale ON ganhou 5,17 por cento, mantendo viés positivo desde a divulgação da produção de minério de ferro na semana passada, que ganhou respaldo após os contratos futuros de minério de ferro na China saltarem ao pico em mais de dois anos. As ações PNA da empresa fecharam no maior patamar desde novembro de 2014.
Localiza avançou 4,07 por cento, após cair mais de 8 por cento nas duas sessões anteriores na esteira do resultado do terceiro trimestre. Analistas do BTG Pactual elevaram a recomendação do papel para compra.
Suzano subiu 3,95 por cento e Fibria avançou 4,06 por cento, após dados mostrando aumento de preço de celulose na China, além do fechamento de capacidade produtiva de celulose de fibra curta da Taiwan Pulp & Paper.