O índice Bovespa está perto de registrar perdas de 15% em 2011 (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2011 às 19h31.
São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo teve sua segunda pior semana de 2011. Caiu em quatro dos cinco pregões, acumulando perda acima de 3%, e retornou aos 59 mil pontos - e ao pior nível desde maio do ano passado. Os problemas no cenário internacional e a falta de interesse dos investidores na renda variável brasileira só se agravam e o índice Bovespa está perto de registrar perdas de 15% em 2011.
Hoje, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,34%, aos 59.478,01 pontos. Na mínima do pregão, registrou 59.180 pontos (-0,84%) e, na máxima, os 60.104 pontos (+0,71%). Na semana, teve perda de 3,31% e, no mês acumula queda de 4,69%. Em 2011, o Ibovespa registra queda de 14,18%. O giro financeiro totalizou R$ 5,749 bilhões. Os dados são preliminares.
O mercado acionário doméstico acabou trabalhando, mais uma vez, na contramão das Bolsas norte-americanas. Os índices em Wall Street subiram, ignorando as discussões sobre o aumento do teto de endividamento dos EUA e também as ameaças de rebaixamento pelas agências de rating, sem contar o resultado dos testes de estresse dos bancos europeus. Esse era o assunto do dia hoje, mas não fez preço.
Segundo a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), oito bancos não passaram nos testes e precisariam levantar um total de aproximadamente 2,5 bilhões de euros em capital para atingirem o nível mínimo de solidez financeira exigido pela instituição. As bolsas europeias fecharam antes dos resultados e, na maioria, caíram, à sua espera.
Outro assunto que pautou o mercado externo foi a discussão sobre o aumento do teto de endividamento dos Estados Unidos. Ontem, um dia depois da agência de classificação de risco Moody's, a Standard & Poor's também anunciou que colocou o rating AAA dos EUA em observação. Hoje, a agência informou que a nota poderá ser rebaixada no final de julho se o risco de moratória crescer. O índice Dow Jones terminou em alta de 0,34%, aos 12.479,73 pontos, o S&P-500 avançou 0,56%, aos 1.316,14 pontos, e o Nasdaq subiu 0,98%, aos 2.789,80 pontos.
Na Bolsa brasileira, as ações da Petrobras e da Vale até exibiram bom comportamento. No final, Petrobras ON subiu 0,32% e Petrobras PN avançou 0,17%. Vale ON caiu 0,06% e Vale PNA avançou 0,17%. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o contrato futuro do petróleo com vencimento em agosto subiu 1,62%, a US$ 97,24 o barril.