Pregão; iBovespa; Mega Bolsa; B3; Investidores, Economia Foto: Germano Lüders 20/05/2014 (Germano Lüders/Exame)
Ibovespa hoje: o principal índice da B3 terminou o primeiro pregão do mês de julho em alta, após uma semana marcada pelo pessimismo dos investidores.
O Ibovespa fechou aos 98.953,90 pontos, com alta de 0,42%.
Mesmo com essa alta, a Bolsa de Valores de São Paulo não conseguiu voltar ao patamar dos 100 mil pontos, perdido na quarta-feira, 28.
O volume financeiro do dia foi de R$ 21,2 bilhões, levemente abaixo da média.
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) deram suporte para o Ibovespa, com as ações ordinárias da petroleira que subiram 1,87% e as ações preferenciais que ganharam 2,15%.
O dólar, por sua vez, subiu 1,65%, aos R$ 5,32, com a conjuntura externa ainda muito conturbada, que leva os investidores a preferir a moeda americana.
O dia tinha iniciado e queda, com o Ibovespa caindo 0,34% após a aprovação pelo Senado Federal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Combustíveis, que cria um gasto adicional de R$ 41,25 bilhões fora do teto de gastos.
A proposta gerou muita preocupação no mercado, com o temor de uma piora nas contas públicas.
A alta do Ibovespa também foi impulsionada pelo mercado exterior, que registrou fortes altas nesta sexta-feira.
O mercado americano voltou a subir após uma série de dias negativos, mesmo com a divulgação da inflação na Europa, que chegou ao seu maior nível dos últimos 40 anos.
Entre as maiores altas do Ibovespa está o IRB (IRBR3) que foi a melhor ação do dia, subindo 6,40%, após sete sessões consecutivas de queda.
Em segundo lugar a MRV (MRVE3) subiu 6,02%, enquanto a BRF (BRFS3) subiu 5,08%.
A MRV anunciou que concluiu a venda dos empreendimentos Village at Tradition e Harbor Grove, localizados na Flórida, EUA, por um valor de R$ 195 milhões, o que corresponde a um resultado líquido de US$ 121,7 milhões, ou seja, um lucro bruto de US$ 71,6 milhões.
A Vale (VALE3), por sua vez, fechou em queda de 1,91%, após forte queda da cotação do minério de ferro nas Bolsas de Dalian e Singapura, respectivamente de 6,9% e 4,3%.
Por outro lado, a pior ação do dia foi o Magazine Luiza (MGLU3), que caiu 5,98%, seguida pela Americanas (AMER3), que perdeu 5,21%, e a Cogna (COGN3) que perdeu 3,74%.
As ações do Magazine Luiza perderam 67,59% no primeiro semestre de 2022, enquanto a Americanas perdeu 58,74%, ante uma queda do Ibovespa de "apenas" 5% no mesmo período.
O cenário macroeconômico mais complicado as eleições de outubro complicam a situação para as empresas do setor de varejo. E esse contexto deixa muitos analistas céticos sobre o futuro dos papéis do Magalu e da Americanas.