São Paulo – A Grécia está derretendo o mercado mundo afora e, no Brasil, não está sendo diferente. O Ibovespa rompeu na terça-feira o patamar dos 56 mil pontos, zerando os ganhos no ano. “Um novo suporte seria 55 mil pontos”, afirma Eduardo Matsura, da corretora Souza Barros, que analisa o mercado do ponto de vista gráfico.

Ele lembra que a bolsa agora está caindo por conta de notícias externas e, no ano passado, o Ibovespa também atingiu a mínima próxima de 48 mil pontos pelos mesmos motivos, por isso a comparação gráfica com aquele momento é possível. Na visão de Matsura, se o Ibovespa romper esse novo suporte, ele pode buscar, novamente, os 48 mil pontos.

Antonio Ratti, analista técnico da Spinelli, também acredita que os 55 mil pontos são o novo suporte do Ibovespa. “O índice pode oscilar bastante entre 55 mil e 57 mil pontos e, enquanto não perder esse novo patamar, não significa muita coisa”, afirma.

Leandro Ruschel, diretor da Escola de Traders Leandro&Stormer, aponta que o mais importante é que o Ibovespa perdeu um patamar relevante, de 60 mil pontos, e também enxerga os 55 mil pontos como novo suporte para o índice. “O índice perdeu o primeiro suporte muito rápido e, quando isso acontece, gera repiques, embora seja ruim para o longo prazo”, afirma.

Como não há tendência de reversão de baixa, ele afirma que, embora não seja tão fácil perder o novo suporte por conta desses repiques, esse movimento deve acontecer ao longo do ano.