Terça-feira marca mais um pregão de perdas às ações preferenciais do Pão de Açúcar; no ano a queda chega a 5% (Luciana Cavalcanti/Você S.A.)
Da Redação
Publicado em 12 de julho de 2011 às 12h51.
São Paulo – Sem grande fôlego nesta terça-feira (12), o Ibovespa opera próximo da estabilidade. No pico de valorização desta sessão, o principal índice da bolsa mostrava ligeira alta de 0,3%, aos 60.426 pontos.
Os investidores individuais (pessoas físicas) tiraram 4,3 bilhões de reais da Bovespa neste ano – esse é o saldo de compras e vendas de ações acumulado até 7 de julho. Eles foram os que mais sacaram dinheiro do mercado em 2011. Em segundo lugar, aparecem os estrangeiros, com resgates de pouco mais de 700 milhões de reais.
As bolsas europeias amargam mais um dia de perdas, em meio aos temores de uma propagação da crise da dívida a países chaves como a Itália, enquanto os líderes políticos seguem sem chegar a um acordo sobre o segundo plano de resgate da Grécia.
Pão de Açúcar
As ações preferenciais do Pão de Açúcar (PCAR4) estendem as perdas em julho, que já chegam a 12%. Na mínima do dia, os papéis caíam 2,6%, ao preço de 64,51 reais.
Hoje, todos os administradores da empresa varejista francesa Casino rejeitaram o projeto de aquisição de sua filial brasileira CBD Pão de Açúcar com a grande rival Carrefour, à exceção de Abílio Diniz.
Durante uma reunião extraordinária, o conselho de administração "constatou por unanimidade, à exceção de Abílio Diniz, que o projeto é contrário aos interesses" da CBD Pão de Açúcar, "de todos os seus acionistas e da Casino", declarou o grupo em um comunicado.
O conselho de administração da Casino também considerou que o projeto inclui "uma estimativa das sinergias fortemente supervalorizadas", com riscos de implementação "significativos".
Multiplan
A elevação da recomendação às ações da Multiplan Empreendimentos Imobiliários (MULT3) de desempenho abaixo da média de mercado (underperform) para compra pelo Bank of America Corp anima os investidores neste pregão.
A alta das ações ordinárias chegava a 3% na máxima do dia, ao preço de 33,99 reais. O banco citou o cenário de crescimento robusto para a companhia. O setor deve se beneficiar da “forte demanda dos varejistas por novas áreas” e mostra “fundamentos sólidos independente do cenário de inflação.”
MPX
A MPX Energia (MPXE3) comunicou que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do estado do Maranhão emitiu a licença prévia para a capacidade adicional de 1.859 megawatts no Complexo Termoelétrico MPX Parnaíba.
Com valorização de 40% em 2011, as ações ordinárias da MPX (MPXE3) operam próximas da estabilidade, com valorização máxima de 0,6%, vendidas a 37,00 reais.
A emissão da licença prévia eleva a capacidade licenciada da MPX Parnaíba para 3.722 megawatts. A MPX Parnaíba é uma parceria entre a MPX e a Petra, na qual a MPX tem 70% de participação e a Petra tem o restante.
Em junho, a MPX firmou um termo de compromisso com a Bertin Energia para a aquisição de dois projetos para a construção de usinas termelétricas, com capacidade total de 660 megawatts. A aquisição esta sujeita a obtenção da autorização pela Aneel.
Minerva
A agência de classificação de risco Moody's colocou em revisão para possível elevação o rating corporativo B3 da Minerva (BEEF3), após o frigorífico anunciar uma oferta de 300 milhões de reais em debêntures obrigatoriamente conversíveis.
A notícia não é suficiente para dar força compradora às ações ordinárias da companhia, que operam no vermelho. O patamar mínimo de preço atingido neste pregão foi o de 5,03 reais, uma queda de 1,3%.
A última alteração no rating da Minerva pela Moody’s ocorreu em 13 de janeiro de 2011, quando a perspectiva do rating corporativo B3 foi elevado de estável para positiva.