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Ibovespa perde força e recua; pauta política ocupa atenções

Às 11:47, o Ibovespa caía 0,83 %, a 96.575,44 pontos; mais cedo, o índice subiu 0,3%

B3: bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quarta-feira (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

B3: bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quarta-feira (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2019 às 10h17.

Última atualização em 5 de junho de 2019 às 12h01.

São Paulo — A bolsa paulista mostrava fraqueza nesta quarta-feira, apesar do viés ainda positivo em praças acionárias no exterior, enquanto agentes monitoram a pauta de Brasília, incluindo aguardada decisão do STF sobre necessidade de autorização legislativa para privatização de empresas estatais.

Às 11:47, o Ibovespa caía 0,83 %, a 96.575,44 pontos. Mais cedo, o índice subiu 0,3%. O volume financeiro somava 3,18 bilhões de reais.

Apesar da fraqueza, a visão de modo geral no mercado é de que a agenda econômica está caminhando bem.

"Ao mesmo tempo em que se compromete com a aprovação da reforma da Previdência, o Congresso prioriza medidas que fortalecem suas prerrogativas e também apontam na direção de descentralização para estados e municípios", escreveu a equipe da Brasil Plural em nota distribuída a clientes.

Um operador de uma corretora no Rio de Janeiro afirmou que diante de tantos eventos relevantes é natural que alguns pregões reflitam certa cautela. "Um pouco como aquela música...'canja de galinha não faz mal a ninguém'", comparou.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados pode votar PECs referentes ao Orçamento Impositivo e a novo rito para tramitação de medidas provisórias. Também no radar estão as negociações sobre o projeto que autoriza crédito suplementar a fim de evitar a violação da regra de ouro.

De acordo com análise técnica da equipe do Itaú BBA, o Ibovespa ganhará novo impulso para cima se conseguir superar a região dos 97.600 pontos, conforme relatório a clientes.

No exterior, Wall Street mantinha o viés positivo após dados mostrarem que o setor privado norte-americano registrou a menor criação de empregos em maio desde 2010, elevando as apostas de que o Federal Reserve poderia cortar os juros nos Estados Unidos para conter uma potencial desaceleração econômica.

Destaques

- PETROBRAS PN cedia 1,1% e PETROBRAS ON tinha decréscimo de 1,3%, em meio ao declínio dos preços do petróleo no mercado internacional e à expectativa para a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre vendas de ativos da petrolífera de controle estatal.

- BRASKEM subia 3,3% experimentando uma trégua após desabar 17% na véspera, para a menor cotação de fechamento desde julho de 2017, após a europeia LyondellBasell Industries desistir de comprar a participação do conglomerado Odebrecht na petroquímica.

- GOL valorizava-se 2,7%, tendo de pano de fundo dados prévios de tráfego mostrando crescimento de 12,5% na demanda total por assentos em maio, enquanto a oferta subiu 5,8%, resultando em taxa de ocupação de 81,9% ante 77% um ano antes. No setor, AZUL subia 2,9%.

- TIM caía 2,9%, entre as maiores quedas do Ibovespa. O Morgan Stanley cortou a recomendação dos ADRs da companhia para 'equal weight' e reduziu o preço-alvo para 16 dólares, enquanto reiterou preferência pelas ações da TELEFÔNICA BRASIL, que tinham oscilação positiva de 0,02 por cento.

- SABESP recuava 0,8%, em meio a ajustes após disparar quase 11% na terça-feira e fechar na máxima histórica com o andamento de projeto de lei que muda o marco regulatório do setor de saneamento básico no país e é considerado essencial para uma eventual privatização da companhia.

- VALE caía 1,3%, acompanhando o movimento de papéis de mineradoras na Europa. A companhia identificou um aumento no grau de segurança da barragem Vargem Grande, na mina de Abóboras, em Nova Lima (MG), o que levou à redução do nível de alerta do Plano de Ação de Emergência (PAEBM) da unidade.

- BANCO DO BRASIL recuava 1,8%, pior desempenho entre os bancos listados no Ibovespa, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN e BRADESCO PN mostravam variação negativa de 1% cada.

- VIA VAREJO caía 1,6%, no segundo pregão negativo, conforme segue suscetível a especulações relacionadas a venda da participação do GPA na rede de móveis e eletrodomésticos. GPA tinha queda de 2%.

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