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Ibovespa fechou em alta de mais de 1% repercutindo Caged

No mercado cambial, o dólar recuou 0,32%, cotado a R$ 5,417

Bolsa de Valores de Nova York reabre nesta terça-feira, 2, após feriado do Dia do Trabalho (Leandro Fonseca/Exame)

Bolsa de Valores de Nova York reabre nesta terça-feira, 2, após feriado do Dia do Trabalho (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 14h30.

Última atualização em 27 de agosto de 2025 às 17h31.

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, 27. O índice subiu 1,04% aos 139.205 pontos, após a repercussão dos números do Caged, que apresentou um saldo líquido de emprego formal positivo em 129.775 vagas em julho

No cenário externo, há alta expectativa dos investidores com o balanço da Nvidia (NVDC34), que sai nesta quarta-feira, 27, após o fechamento do mercado. Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpriu a promessa de taxar em 50% a Índia, o quarto maior mercado de ações do mundo, por comprar petróleo russo.

Os principais índices dos Estados Unidos fecharam no azul. O S&P 500 subiu 0,24%, o Nasdaq 100 avançou 0,21% e o Dow Jones registrou alta de 0,32%.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +1,04%, 139.205 pontos
  • Dólar: -0,32%, a R$ 5,417

No radar hoje

Após ações da Nvidia subirem quase 35% nos últimos meses, investidores querem saber se o balanço do trimestre fiscal da empresa de tecnologia, que desenvolve chips de inteligência artificial, reflete esse crescimento exponencial do papel.

Mais do que descobrir o lucro por ação da Nvidia, o mercado quer entender os planos para os produtos da empresa, em meio às tensões entre Estados Unidos e China, onde mantém importante operação. Os investidores também ficar a atentos a possíveis anúncios de novos investimentos.

Já a efetiva adoção pelos Estados Unidos da tarifa de 50% a Índia como penalização por comprar petróleo russo abre discussões de mais uma interferência americana em um país dos Brics. A Índia se junta ao Brasil com a maior taxação do mundo adotada pelo presidente americano, Donald Trump.

As preocupações do mercado com relação à Índia incluem o fato de que dois terços das grandes corporações americanas têm operações no país. Além disso, o mercado acionário indiano é o quarto maior do mundo, com fluxo estrangeiro de bilhões de dólares.

A União Europeia, por sua vez, acelera a tramitação de uma legislação que remove todas as tarifas sobre produtos industriais dos Estados Unidos, reconhecendo que o acordo com os EUA é benéfico ao país, mas que é preciso cumprir a medida para gerar mais segurança às empresas do velho continente.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concedeu entrevista ao UOL, em que falou sobre as eleições de 2026. "Sigo com a mesma opinião de não ser candidato a cargo eletivo", disse. Também afirmou sobre a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil: "A opinião pública apoia". Sobre gastos, Haddad falou que pretende aprovar um corte linear de 10% nos benefícios fiscais. Ele ainda disse: "Se a economia estivesse andando mal, o presidente Lula teria problemas."

No mesmo horário, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, participou do Congresso & ExpoFenabrave.

O mercado repercute os números do Caged, que apresentou um saldo líquido de emprego formal positivo em 129.775 vagas em julho, de 166.621 postos em junho; previsão era 135 mil. Também saiu o relatório da dívida pública federal, que subiu 0,71% em julho, para R$ 7,939 tri.

Às 22h, o Banco da Coreia anuncia sua decisão de política monetária.

Indicadores econômicos

Na agenda de indicadores, os destaques foram as estatísticas monetárias e de crédito divulgas pelo Banco Central. Em julho, subiu 0,4% o estoque total de crédito em relação ao mês anterior, de acordo com o BC.

Já a inadimplência de recursos livres – aqueles em que as taxas de juros são livremente negociadas entre a instituição financeira e o tomador do empréstimo, seja pessoa física ou jurídica – registrou 5,2% (incremento de 0,2 ponto percentual (pp) no mês e 0,8 pp no ano).

Em junho, o endividamento das famílias situou-se em 48,7%, com redução de 0,2 p.p. no mês e aumento de 1,0 p.p. em doze meses.

Mercados internacionais

Os mercados internacionais operaram mistos nesta quarta-feira, 27, com forte queda na China. A Índia, que teve taxação de 50% sobre produtos importados, o mercado não operou por conta de feriado local.

Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 fechou em alta de 0,20%, enquanto o Topix recuou 0,07%. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,25% e o Kosdaq ficou praticamente estável, com alta de 0,01%.

O S&P/ASX 200, da Austrália, ganhou 0,28%. Já na China, o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,27%. O CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, recuou 1,49%.

Na Europa, as bolsas fecharam mistas. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,09%, enquanto o francês CAC 40 avançou 0,44%. Na contramão, o alemão DAX caiu 0,55% e o britânico FTSE 100 recuou 0,12%.

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