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Ibovespa hoje: índice sobe, mas fecha semana em queda de 3,7%

Bolsas internacionais passam por rali com mercado reduzindo aposta de alta de juros mais agressiva do Fed

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 15 de julho de 2022 às 10h37.

Última atualização em 15 de julho de 2022 às 17h31.

Em pregão volátil, o Ibovespa encerrou esta sexta-feira, 15, em alta, acompanhando a recuperação dos índices internacionais. Ainda assim, o índice fechou a semana em queda de 3,72%, mantendo a marca dos 96 mil pontos – que é a pior para o Ibovespa desde novembro de 2020.

  • Ibovespa: + 0,45%, 96.551 pontos

As fortes quedas dos últimos dias e a recuperação de hoje são reflexo do movimento no mercado americano Estados Unidos. Por lá, o foco está no ritmo de aperto monetário por parte do  Federal Reserve (Fed, banco central americano).

Ao longo da semana, a expectativa era de que o Fed iria intensificar a alta do juro na próxima reunião, para 1 ponto percentual (p.p.). Nesta sexta, no entanto, 

Porém, a probabilidade do cenário – que chegou a ficar acima de 80% na véspera –caiu para baixo de 40% nesta sexta, segundo o monitor do CME Group. A chance de mais uma alta de 0,75 p.p., como na última decisão, saltou para cima de 50%.

O alívio nas expectativas levou as bolsas da Europa e dos Estados Unidos a um rali de alta nesta sexta.

  • Dow Jones (Nova York): + 0,46%
  • S&P 500 (Nova York): + 0,30%
  • Nasdaq (Nova York): + 0,03%
  • Stoxx 600 (Europa): + 1,63%

A expectativa de que os juros americanos subam de forma menos agressiva também contribuiu com a queda do dólar frente a divisas desenvolvidas. No Brasil, a moeda americana chega a cair 1% na mínima do dia, sendo negociada abaixo de R$ 5,40.

Na semana, no entanto, a moeda ainda acumulou alta de 2,6% na semana. O impulso foi o mesmo que derrubou as bolsas: o clima de aversão a risco do início da semana.

  • Dólar comercial: - 0,52%, R$ 5,405

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Ações em destaque

O principal índice da B3 passou a primeira metade do pregão em queda, pressionado pela desvalorização das ações da Vale.

Apesar da desvalorização do minério de ferro na China, nesta madrugada, as ações da companhia entraram no campo positivo no início da tarde, retomando parte das perdas do último pregão, quando desabou 6,66%.

  • Vale (VALE3): + 0,62%

A commodity teve mais uma sessão negativa em Dalian, com perspectivas pessimistas sobre a demanda. O PIB chinês, divulgado na última noite, desacelerou de 4,8% para 0,4% no segundo trimestre.

"As ações da Vale vinham caindo muito mais que o minério de ferro, indicando que, relativamente, há um desconto nas ações", disse Bruno Lima, head de análise de ações do BTG Pactual, em morning call desta sexta.

Os papéis das siderúrgicas também aproveitaram o pregão para se recuperar das perdas de ontem. Gerdau (GGBR4), que havia recuado 4,47% na véspera, subiu quase 6% e liderou os ganhos do Ibovespa no dia.

Fora do Ibovespa, a Camil (CAML3), que apresentou balanço para o período de março a maio deste ano, caiu mais de 13%. O lucro da empresa caiu 10,5% para R$ 97 milhões, com queda de margem de 0,8 p.p. para 4%. 

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