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Ibovespa fecha acima dos 110 mil pontos no penúltimo pregão de 2022

Bolsa tem dia de alívio após Haddad pedir à equipe de Guedes que não estenda a isenção de impostos sobre combustíveis

Painel de cotações da B3: Ibovespa sobe no penúltimo pregão do ano (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: Ibovespa sobe no penúltimo pregão do ano (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 28 de dezembro de 2022 às 10h33.

Última atualização em 28 de dezembro de 2022 às 18h16.

Após dois pregões consecutivos de queda, o Ibovespa voltou a subir nesta quarta-feira, 28, penúltimo pregão do ano de 2022. A bolsa teve um dia de alívio com novidades no cenário político.

Na noite de ontem, o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu ao atual governo que não amplie o prazo de validade da desoneração dos impostos federais sobre combustíveis. A notícia foi bem recebida na bolsa, e o Ibovespa recuperou a marca dos 110 mil pontos perdida no início do mês.

Ontem, circularam no mercado rumores de que as alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins, zeradas desde junho deste ano para conter o aumento nos preços, teriam prazo de isenção estendido em mais 30 dias.

A possibilidade foi mal recebida, derrubando a bolsa e fazendo o dólar disparar quase 1,5%. Isso porque, se fosse mantida a isenção, o governo deixaria de arrecadar R$ 52,9 bilhões em 2023, pelos cálculos do Ministério da Economia, aumentando a pressão sobre as contas públicas.

Com o imbróglio resolvido, o dólar comercial voltou a cair contra o real e investidores voltaram a ficar atentos aos possíveis anúncios da equipe ministerial de Lula.

  • Dólar comercial: - 0,60%, a R$ 5,255

Até agora, 21 ministros foram anunciados. Falta bater o martelo sobre outros 16 – entre eles, Planejamento, Meio Ambiente e Agricultura. A expectativa é que a senadora Simone Tebet fique com a pasta do Planejamento. Ontem, Tebet sinalizou ao seu partido, o MDB, que aceitaria o Ministério.

Leia também: Dólar alto em 2023? O que esperar do câmbio com juros globais elevados e risco fiscal

Maiores altas e quedas do Ibovespa

O alívio nas contas públicas se refletiu na curva de juros que, por sua vez, beneficiou as ações mais dependentes da economia local. As varejistas saem da lanterna para o topo do índice, com Natura e Magazine Luiza entre as maiores altas do dia.

  • BRF (BRFS3): + 7,93%
  • Magazine Luiza (MGLU3): + 7,21%
  • IRB (IRBR3): + 6,82%
  • Americanas (AMER3): + 6,75%

No campo negativo, apenas seis das 91 ações do Ibovespa fecharam em queda nesta quarta-feira. A liderança das baixas ficou com a Petrobras, que caiu acompanhando a baixa internacional no preço do petróleo. Hoje, a commodity caiu perto de 1,5% e devolveu parte da alta dos dias anteriores. 

  • Petrobras (PETR4): - 1,24%
  • Petrobras (PETR3): - 0,56%

Correção também nas ações ligadas ao minério de ferro, que devolveram parte dos fortes ganhos dos últimos dias. Os papéis vinham avançando na esteira da valorização do minério com notícias de reabertura da China.

  • Gerdau Metalúrgica (GOAU4): - 0,91%
  • Gerdau (GGBR4): - 0,44%
  • Vale (VALE3): - 0,22%
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