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Ibovespa fecha estável após bater novo recorde intraday: alta foi de 3,4% no mês

No ano, o Ibovespa sobe 21,6%. Dólar fechou estável, com alta de 0,01% a R$ 5,323

Ibovespa: mercado repercutiu relatório Jolts (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado repercutiu relatório Jolts (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 14h00.

Última atualização em 30 de setembro de 2025 às 17h33.

O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira, 30, em queda de 0,07% aos 146.237 pontos, mas renovou o recorde intraday pelo segundo dia consecutivo, ao subir 0,85% aos 147.578 pontos — puxada por informações de emprego no Brasil e nos EUA.

Entretanto, a possível paralisação do governo dos Estados Unidos caso uma lei orçamentária não fosse aprovada até o final do dia e a queda da Petrobras (PETR3; PETR4) em mais de 1% na esteira do recuo do petróleo, pesaram na bolsa.

No mês, o principal índice acionário da B3 acumula alta de 3,4% em setembro. No ano, o Ibovespa sobe 21,6%. Já o dólar fechou estável, com alta de 0,01% a R$ 5,323.

Pnad Contínua

Os investidores repercutem nesta terça-feira, 30, a divulgação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em agosto de 2025 caiu para 5,6%, queda de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de encerrado em maio de 2025 (6,2%) e queda de 1 p.p. ante o trimestre móvel encerrado em agosto de 2024, quando a taxa foi de 6,6%. O resultado veio em linha com a expectativa do mercado financeiro, que projetava uma taxa de 5,6%.

Resultados fiscais

A dívida bruta do Brasil fechou agosto em 77,5% do PIB, estável em relação a julho e abaixo da expectativa de 78% em pesquisa da Reuters, mostraram dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central. A dívida líquida atingiu 64,2% do PIB, acima dos 63,6% do mês anterior e levemente acima da projeção de 64,1%.

No mesmo período, o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 17,3 bilhões, melhor que a mediana de R$ 21 bilhões esperada pelo mercado, de acordo com a Reuters. O resultado refletiu déficit de R$ 15,9 bilhões do governo central, R$ 1,3 bilhão de Estados e municípios e R$ 6 milhões das estatais.

PMI, Jolts, decisão na Colômbia e relatório da dívida

Nos Estados Unidos, foi divulgado o PMI do ISM Chicago relativo a setembro, que caiu a 40,6, de 41,5, frente ao consenso de 43.

O mercado também repercute dois dados relevantes: o relatório de abertura de vagas (Jolts), com as aberturas de vagas de emprego de agosto, e a pesquisa de confiança do consumidor elaborada pelo Conference Board.

Segundo o Departamento do Trabalho americano, o relatório Jolts de agosto mostrou a abertura de 7,227 milhões de vagas, de 7,208 milhões (revisado de 7,181 milhões). O consenso era de 7,2 milhões. Já o Conference Board mostrou que a confiança do consumidor de setembro ficou em 94,2, de 97,4 (consenso 96).

O Banco Central da Colômbia manteve os juros em 9,25% ao ano, pela terceira vez consecutiva, citando inflação acima do esperado.

O Tesouro Nacional publicou o Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF), que subiu 2,59% em agosto para R$ 8,145 trilhões, após registrar R$ 7,94 trilhões em julho.

No radar hoje

Mais tarde, às 20h10, Lorie Logan, do Fed de Dallas, participará de um evento institucional. E, no fim da noite, às 21h30, o Japão divulgará o PMI industrial final de setembro.

No mercado corporativo, a gigante do mercado esportivo Nike divulga resultados após o fechamento do pregão.

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta terça-feira, 30, em tom misto, após a divulgação de dados divergentes sobre a atividade industrial da China. O índice oficial de gerentes de compras (PMI) veio em 49,8 pontos, ainda em contração, mas acima das expectativas. Já a leitura privada da RatingDog ficou em 51,2, sinalizando expansão.

Na China, o índice CSI 300, que reúne as principais ações listadas em Shenzhen e Xangai, fechou em alta de 0,45%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, terminou o dia com ganhos de 0,87%.

No Japão,Nikkei 225 recuou 0,25%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,19%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 caiu 0,16% após o banco central manter os juros em 3,6%.

Na Europa, após abrir no campo negativo em meio à cautela com novas tarifas comerciais anunciadas pelo presidente Donald Trump e à indefinição sobre o orçamento americano, as bolsas viraram e fecharam no campo positivo.

O Stoxx 600, que reúne as principais ações da região, fechou em alta de 0,47%, enquanto o DAX, da Alemanha, avançou 0,34%, o FTSE 100 de Londres subiu 0,46% e o CAC 40, da França, teve ganho de 0,19%.

Entre os destaques corporativos, a joalheria dinamarquesa Pandora recuava 2% após anunciar a saída de seu CEO, e a Lufthansa, da Alemanha, despencava 4,3% depois de confirmar o corte de 4 mil vagas até 2030.

Nos Estados Unidos, os índices fecharam em leve alta. O Dow Jones subiu 0,18%, o S&P 500 ganhou 0,41% e o Nasdaq 100 avançou de 0,30%.

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