B3: Na última sexta-feira, o principal índice da bolsa brasileira registrou recuo de 0,21%, aos 133.524 pontos (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 28 de julho de 2025 às 14h30.
Última atualização em 28 de julho de 2025 às 14h44.
Em uma semana que começa agitada nos mercados globais, o Ibovespa opera em queda. Por volta das 14h30 desta segunda-feira, 28, o índice registrava baixa de 1,04%, aos 132.143 pontos. Na última sexta-feira, 25, o principal índice da bolsa brasileira registrou recuo de 0,21%, aos 133.524 pontos. No mercado cambial, o dólar opera em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,595.
Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 pela nova semana consecutiva, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 28.
A expectativa da inflação neste ano caiu de 5,10% para 5,09%. O indicador permanece acima do teto da meta de inflação estabelecida pela autoridade monetária.
Pela segunda semana, os analistas reduziram as projeções do IPCA para o próximo ano. A queda foi de 4,45% para 4,44%.
Nesta semana, o Copom se reúne para decidir sobre a taxa de juros. No Focus, a expectativa é de juros a 15% no fim deste ano.
As projeções do câmbio de 2025 e a do PIB para 2026 também tiveram alterações.
A última semana de julho começa com os mercados de olho em uma bateria de indicadores econômicos, eventos políticos e expectativas em torno das decisões de juros nos Estados Unidos, Brasil e Japão.
Esta segunda-feira, 28, marca o início de uma agenda carregada que deve manter o clima de cautela nos mercados locais e internacionais.
No Brasil, o mercado repercute o relatório da dívida pública. Segundo o Tesouro Nacional, a Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,77% em junho s/ maio, para R$ 7,883 trilhões.
Do lado político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, pela manhã, da inauguração da usina termelétrica GNA II, no Porto do Açu (RJ), e, às 16h, sanciona o programa “Acredita Exportação” em cerimônia no Palácio do Planalto.
Nos bastidores, a equipe econômica segue mobilizada para apresentar um plano de contingência às tarifas impostas pelos Estados Unidos, cujo prazo final para negociação se encerra na sexta-feira.
Nos Estados Unidos, os investidores aguardam os balanços de quatro gigantes de tecnologia e a decisão do Federal Reserva (Fed) na quarta-feira.
A expectativa majoritária é de manutenção dos juros, mas o mercado estará atento a qualquer sinal de que o Banco Central poderá cortar a taxa em setembro. O cenário também será calibrado pelos dados de PIB, payroll e PCE, que serão divulgados nos próximos dias.
As negociações comerciais seguem no radar. Após um fim de semana agitado, a União Europeia anunciou um acordo para reduzir à metade as tarifas impostas pelos EUA, para 15%.
Ao mesmo tempo, fontes indicam que China e Estados Unidos devem prorrogar a trégua tarifária por mais 90 dias. Nesta segunda-feira, na Escócia, representantes dos dois países retomam as negociações comerciais.
Em paralelo, no Japão, o Banco Central (BoJ) divulga sua decisão de política monetária na madrugada de quarta para quinta-feira, adicionando mais um elemento à já volátil semana nos mercados globais.
As bolsas europeias iniciaram a semana em alta, impulsionadas pelo acordo comercial anunciado entre EUA e União Europeia, mas devolveram os ganhos e fecharam em queda. O índice europeu Stoxx 600 caiu 0,24%, no fechamento, enquanto o CAC 40, da França, recuou 0,43%, o DAX, da Alemanha, caiu 1,15%, e o FTSE 100, do Reino Unido, perdeu 0,46%.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, em meio à expectativa pela continuidade das negociações comerciais entre EUA e China. O índice CSI 300, da China, subiu 0,21%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, avançou 0,68%.
Na Coreia do Sul, o Kospi teve alta de 0,42%. O destaque do pregão foi a Samsung, cujas ações saltaram mais de 6%, atingindo o maior patamar desde setembro de 2024 após fechar um contrato bilionário com a Tesla. No Japão, porém, os índices Nikkei e Topix recuaram.
Nos Estados Unidos, por volta das 14h30, o Dow Jones operava em queda de 0,17%, enquanto o S&P 500 caía 0,04% e o Nasdaq 100 subia 0,28%.