Ibovespa (B3/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 28 de maio de 2025 às 11h00.
Última atualização em 28 de maio de 2025 às 17h16.
O Ibovespa fechou em baixa nesta quarta-feira, 28, após um dia de ganhos na terça-feira, 27. No fechamento, o índice registrou queda de 0,35%, aos 139.059 pontos.
Na véspera, com a volta dos negócios em Wall Street depois do feriado Memorial Day, o índice fechou em alta de 1,02%, aos 139.541 pontos, voltando a flertar com o patamar dos 140 mil.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam sem direção única, com investidores avaliando a ata da última reunião do Fed. O Dow Jones caiu 0,35%, o Nasdaq perdeu 0,06% e o S&P 500 caiu 0,2%. Na terça, o Dow Jones fechou em alta de 1,8%, o S&P 500 avançou 2% e o Nasdaq subiu 2,5%.
A agenda econômica brasileira ganha protagonismo nesta quarta-feira, 28, com a divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Assim como as expectativas, o indicador mostrou recuperação na geração de empregos formais em abril, após forte retração em março.
O Brasil criou mais de 257.528 postos de trabalho com carteira assinada em abril de 2025, alta 7,4% em comparação com o mesmo mês de 2024, quando foram criados 239,9 mil postos.
Apesar da forte alta, o que aponta para um mercado de trabalho aquecido, a Bolsa não reagiu imediatamente ao número.
Além disso, a agenda inclui indicadores importantes: o Banco Central do Brasil divulgou o fluxo cambial semanal e o Tesouro publicou o relatório mensal da dívida pública de abril.
Segundo o BC, o fluxo cambial do Brasil foi negativo em US$ 89 milhões na semana passada. Já o relatório apontou que a Dívida Pública Federal (DPF) terminou abril em R$ 7,617 trilhões. O número representa alta de 1,44%, sempre em relação ao mês anterior.
No cenário político, a crise envolvendo o IOF segue pressionando o governo. O setor privado intensifica as cobranças, enquanto projetos de decreto legislativo ganham força no Congresso para derrubar medidas fiscais da Fazenda.
O pedido de recuperação judicial da Azul nos Estados Unidos também é destaque hoje.
No exterior, a atenção se volta para a ata da última reunião do Federal Reserve, onde os membros do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) avaliam que a incerteza quanto às perspectivas econômicas aumentou ainda mais.
Na agenda corporativa, o principal foco está no balanço da Nvidia, que será publicado após o fechamento das bolsas. Analistas mais otimistas apostam que os resultados da gigante de tecnologia podem impulsionar um novo rali das ações americanas, ampliando a alta recente. A Salesforce também divulgará seus números.
Os mercados internacionais terminaram sem direção definida esta quarta-feira, 28.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem tendência clara. No Japão, os índices Nikkei 225 e Topix encerraram o pregão praticamente estáveis. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,25%, enquanto o índice de small caps Kosdaq avançou 0,23%. Na China, o CSI 300 terminou o dia estável, e o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,55%.
Os mercados europeus fecharam em baixa. O índice Stoxx 600 caiu 0,72%. O FTSE 100, de Londres, recuou 0,6%, o CAC 40, de Paris, caiu 0,5%, e o DAX, da Alemanha — que bateu recorde na véspera — registrou queda de 0,66%.