Invest

Ibovespa cai 7,5% em fevereiro e tem pior mês desde junho do ano passado

Índice sofre no mês com perspectiva de juros mais altos nos Estados Unidos e incertezas locais

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 10h40.

Última atualização em 1 de março de 2023 às 08h07.

O Ibovespa registrou em fevereiro seu pior saldo mensal desde junho de 2022. O principal índice da B3 caiu 7,5% no acumulado do mês, e fechou fevereiro aos 104.931 pontos. No pregão desta terça-feira, 28, o Ibovespa caiu 0,74%, para seu segundo pior patamar no ano.

Ibovespa

  • Dia: - 0,74%, 104.931 pontos
  • Mês: - 7,5%

O mês foi de forte volatilidade para o índice, que sofreu pressões negativas externas e internas. O viés vendedor externo veio com dados dos Estados Unidos indicando inflação acima do esperado, o que deve manter os juros mais altos. 

“Em resposta ao cenário, o Fed tem mantido o discurso de que deve fazer mais altas de juros e que ainda não tem a inflação sobre controle”, avaliou a gestora Rio Bravo em carta mensal aos investidores.

Internamente, o índice foi pressionado pelo atrito entre o presidente Lula e o Banco Central, que saiu dos holofotes no final do mês para dar lugar à discussão sobre a volta da cobrança de impostos sobre os combustíveis.

“Tivemos críticas do governo ao patamar atual da Selic e um debate sobre possíveis mudanças das metas de inflação, que só aumentou os ruídos no cenário e derrubou a bolsa. Foi uma discussão politizada e menos técnica, que gerou muito ruído e afetou as análises sobre o balanço de riscos”, avalia Bruna Sene, analista de investimentos da Nova Futura Investimentos.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespa

Mais de Invest

Tecnisa faz acordo com Cyrela para venda de sete terrenos em SP por RS 450 milhões

Carro autônomo da Tesla se 'autoentrega' da fábrica até a casa do cliente pela primeira vez

Veja o que mais dá dinheiro para os times brasileiros no Mundial — e não é venda de jogadores

Marfrig investe R$ 548 milhões em novo complexo industrial e triplica capacidade de abate