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Ibovespa fecha em baixa, acompanhando 6º dia de queda em NY

Bolsas de Wall Street perderam força, após darem sinais de recuperação no início do pregão

Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel com cotações na bolsa brasileira, a B3 (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 27 de setembro de 2022 às 10h30.

Última atualização em 27 de setembro de 2022 às 18h06.

Em pregão volátil, o Ibovespa virou para o campo negativo e fechou esta terça-feira, 27, em queda, após subir na primeira parte do pregão. A piora foi influenciada pelas bolsas americanas, que encerraram o dia entre perdas e ganhos, com os índices Dow Jones e S&P 500 alcançando o sexto pregão consecutivo de queda.

  • Ibovespa: - 0,68%, 108.376 pontos
  • Dow Jones (Nova York): - 0,43%
  • S&P 500 (Nova York): - 0,21%
  • Nasdaq (Nova York): + 0,25%

Por lá, o mercado vem enfrentando uma sequência de baixas desde que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual (p.p.) na quarta-feira passada. O BC americano também sinalizou que os juros devem ficar altos por mais tempo que o esperado, mensagem que vem sendo repetida por membros do Fed desde então.

Nesta manhã, o presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, voltou a bater na tecla. “Acho que precisamos permanecer nessa taxa mais alta por algum tempo para garantir que o problema da inflação esteja sob controle”, disse durante uma conferência econômica em Londres.

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Por aqui, investidores também analisaram a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que encerrou o ciclo de alta e manteve a taxa básica de juros em 13,75%. O documento reforçou o tom mais duro adotado no comunicado, que prevê uma postura mais favorável a juros mais altos.

"A mensagem foi clara: manutenção dos juros por mais tempo, tirando do mercado a ideia de que os juros vão baixar já no primeiro semestre de 2023. O cenário ainda é bem adverso", afirma Piter Carvalho, economista da Valor Investimentos.

Ainda assim, os preços têm mostrado sinais de fraqueza. O último indicativo veio do IPCA-15 de setembro, considerado a prévia da inflação para o mês.

Divulgado nesta manhã, o IPCA-15 saiu melhor que o esperado, com a deflação da primeira quinzena do mês ficando em 0,38%. O consenso da Bloomberg era de deflação de 0,20%. No acumulado de 12 meses, a inflação caiu de 9,6% para 7,96%.

"É um IPCA que mostra bastante a queda dos preços em geral. Mas a inflação de serviços e o núcleo ainda estão mais fortes. Ainda não vemos as projeções de inflação para 2024 convergindo para a meta. Então o Banco Central deve continuar com a Selic a 13,75% por bastante tempo", Laiz Carvalho, economista para Brasil do BNP Paribas.

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