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Ibovespa fecha em queda com IPCA-15 e tensão após demissão de diretora do Fed

No mercado cambial, o dólar fechou com alta de 0,37%, cotado a R$ 5,434

Ibovespa: mercado repercute demissão de Lisa Cook, diretora do Fed (Cris Faga/Getty Images)

Ibovespa: mercado repercute demissão de Lisa Cook, diretora do Fed (Cris Faga/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 26 de agosto de 2025 às 14h53.

Última atualização em 26 de agosto de 2025 às 17h23.

O Ibovespa fecha em queda nesta terça-feira, 26, com baixa de 0,18%, aos 137.771 pontos. O movimento reflete a cautela dos investidores após a divulgação do IPCA-15 de agosto, que registrou deflação de 0,14% no mês, resultado levemente acima das expectativas do mercado.

No cenário externo, pesa a instabilidade provocada pela demissão da diretora do Federal Reserve Lisa Cook pelo presidente Donald Trump, aumentando as incertezas sobre a independência do banco central dos Estados Unidos.

Nos EUA, os principais índices terminaram o dia no terreno positivo: o Dow Jones subiu 0,30%, o S&P 500 ganhou 0,41%, enquanto o Nasdaq avançou 0,44%.

Ibovespa hoje

  • IBOV:-0,18%, aos 137.771 pontos
  • Dólar: +0,37%, a R$ 5,434

No radar hoje

As atenções dos investidores nesta terça-feira, 26, estão voltadas para a repercussão da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de demitir Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed). Trata-se de um movimento inédito, que aumenta a tensão sobre a independência do banco central americano.

A diretora disse que não pretende renunciar o cargo e que vai continuar exercendo suas funções normalmente. Em comunicado enviado à imprensa, Cook declarou que “não há causa legal” para que o presidente a remova da função. “Não vou renunciar. Continuarei a desempenhar minhas funções para ajudar a economia americana, como venho fazendo desde 2022”, afirmou Cook.

Ainda no front externo, os Estados Unidos confirmaram vão elevar para 50% as tarifas sobre produtos da Índia a partir de quarta-feira, 27. A medida é justificada sob a alegação de que o país continua importando petróleo russo.

Trump também reiterou a ameaça de sobretaxa de 200% contra a China, caso não haja acordo sobre exportações estratégicas, como as de ímãs de terras raras. Investidores acompanham ainda tensões comerciais com países que cobram impostos digitais de big techs americanas.

Indicadores econômicos

Na agenda de indicadores, o destaque desta manhã é o IPCA-15 de agosto, divulgado às 9h pelo IBGE. O indicador, que é a prévia da inflação oficial do Brasil, fechou em agosto em -0,14%, desaceleração de 0,47 ponto percentual em relação a julho, quando o índice registrou alta de 0,33%.

Esse é o menor IPCA-15 desde setembro de 2022 (-0,37%) e o primeiro negativo desde julho de 2023 (-0,07%).

O acumulado do ano fechou o mês em 3,26%, enquanto o indicador nos últimos 12 meses caiu para 4,95%. Em agosto de 2024, o IPCA-15 havia registrado um aumento de 0,19%. O dado veio levemente acima da expectativa do mercado financeiro, que esperava uma queda de -0,23%.

Nos Estados Unidos, foi publicado o índice de confiança do consumidor do Conference Board de agosto, que ficou em 97,4, de 98,7 (revisado de 97,2) e ante o consenso de 96,2. À noite, às 22h30, a China divulga o lucro industrial de julho.

Mercados internacionais

Os mercados internacionais operam em queda nesta terça-feira, 26, em meio ao aumento das tensões comerciais globais. Na Ásia, as bolsas fecharam majoritariamente no vermelho. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,18%, enquanto o CSI 300, da China continental, recuou 0,37%, interrompendo uma sequência de quatro altas.

No Japão, o Nikkei 225 perdeu 1,1% e o Topix, 1,08%. O Kospi, da Coreia do Sul, caiu 0,95%, mas o Kosdaq subiu 0,46%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 recuou 0,41%.

Na Índia, o Nifty 50 fechou com baixa de 1,02% e o Sensex, de 1,04%.

Na Europa, as bolsas fecharam no campo negativo, pressionadas pelo ambiente externo e por incertezas políticas na França. O francês CAC 40 recuou 1,70%, enquanto o alemão DAX caiu 0,35%, o europeu Stoxx 600 perdeu 0,80% e o britânico FTSE 100 cedeu 0,61%.

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