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Ibovespa opera em queda e perde os 146 mil pontos após renovar recorde na véspera

Mercado repercute Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de setembro, que acelerou para 0,48%

Ibovespa: mercado repercute IPCA de setembro (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: mercado repercute IPCA de setembro (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de setembro de 2025 às 15h39.

O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira, 25. Por volta das 15h40, recuava 0,76%, aos 145.387 pontos, após renovar na véspera seu recorde histórico de fechamento. Nesta quinta-feira, a moeda americana opera com alta de 0,72%, no mesmo horário, cotada a R$ 5,366.

Inflação no radar

O IPCA-15 de setembro acelerou 0,48%, após a queda de 0,14% em agosto, acumulando 3,76% no ano e 5,32% em 12 meses. O avanço foi puxado principalmente pela energia elétrica, que subiu mais de 12% no mês com o fim do desconto de Itaipu e a volta da bandeira vermelha patamar 2.

Em contrapartida, alimentação e bebidas recuaram 0,35%, atenuando parcialmente a pressão. Segundo o IBGE, todas as regiões pesquisadas registraram alta, com destaque para Recife, onde energia e combustíveis tiveram forte peso.

Perspectivas para a bolsa brasileira

Apesar dos desafios fiscais e do início do ciclo eleitoral em outubro, o UBS segue otimista com a bolsa brasileira. O banco destaca a combinação de ROEs elevados, valuations atrativos e o suporte do afrouxamento monetário nos EUA e no Brasil. Até agora, os papéis brasileiros acumulam alta de cerca de 40% em dólares em 2025, impulsionados também pela valorização do real, que subiu mais de 26% no ano.

O UBS também projeta crescimento de lucros de médio a alto dígito para empresas brasileiras em 2026, sustentado por demanda interna resiliente, salários em alta real e margens apoiadas por um câmbio mais forte.

Para o banco, a combinação de baixa avaliação (MSCI Brasil a 8,8 vezes P/L) e rentabilidade elevada (ROE de 16,1%) abre espaço para expansão dos múltiplos à medida que o humor melhora.

Brasil e EUA

No cenário político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre o breve encontro com Donald Trump na ONU e afirmou que houve “boa química” entre os dois líderes. Os presidentes devem se reunir formalmente nos próximos dias, em um movimento que pode aliviar tensões comerciais recentes.

Mercados internacionais

As bolsas globais operam sem direção única nesta quinta-feira, 25. Na Ásia, o índice japonês Nikkei 225 avançou 0,28%, em sua sexta alta consecutiva. Na China, o CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, subiu 0,6%, enquanto o Hang Seng caiu 0,13% em Hong Kong. Já o Taiex recuou 0,66% em Taiwan, pressionado pela queda da TSMC.

Na Europa, as bolsas fecharam em queda. O índice europeu Stoxx 600 recuou 0,71%, o francês CAC 40 caiu 0,41%, o alemão DAX perdeu 0,59% e o britânico FTSE 100 teve baixa de 0,40%. Entre os destaques, a H&M disparou quase 10% no pregão após divulgar balanço positivo do terceiro trimestre.

Em Nova York, os índices fecharam em baixa na quarta-feira, 24, refletindo vendas em ações de tecnologia ligadas à inteligência artificial. Nesta quinta-feira, os índices recuavam: Nasdaq 100 (-0,65%), S&P 500 (-0,60%) e Dow Jones (-0,47%), enquanto investidores aguardam a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego e do índice PCE, indicador de inflação preferido do Fed, que será divulgado na sexta-feira, 26.

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