Ibovespa: bolsa abre em alta de olho em Focus (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 25 de agosto de 2025 às 16h25.
Última atualização em 25 de agosto de 2025 às 17h22.
O Ibovespa fecha próximo a estabilidade na sessão desta segunda-feira, 25. O principal índice da B3 avançou 0,04% aos 138.025 pontos.
Nos Estados Unidos, os principais índices terminaram o dia no terreno negativo diante da sinalização de Jerome Powell para um corte de juro na reunião do Fed de setembro. O Dow Jones recuou 0,77%, o S&P 500 caiu 0,43%, enquanto o Nasdaq perdeu 0,22%.
Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram novamente as projeções de inflação, segundo o Boletim Focus desta segunda-feira, 25.
O IPCA esperado para 2025 caiu de 4,95% para 4,86%, marcando a 13ª queda consecutiva, enquanto a projeção para 2026 recuou de 4,40% para 4,33%, na sexta revisão seguida. Para 2027, a estimativa passou de 4% para 3,97% após 23 semanas de estabilidade, e para 2028, seguiu em 3,80%.
Além da inflação, o relatório trouxe ajustes em outras variáveis. O PIB projetado para 2025 caiu de 2,21% para 2,18%, e para 2026 de 1,87% para 1,86%, mantendo-se em 1,87% em 2027 e 2% em 2028.
Já a Selic permanece em 15% no fim deste ano e em 12,50% em 2026. No câmbio, a expectativa para o dólar em 2025 recuou de R$ 5,60 para R$ 5,59, com estimativas de R$ 5,64 em 2026, R$ 5,63 em 2027 e R$ 5,60 em 2028.
A agenda inclui a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da terceira quadrissemana de agosto, que recuou 0,13%, segundo a FGV, acumulando alta de 4,08% em 12 meses.
Nesta leitura, sete dos oito grupos que compõem o índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para Habitação, que passou de 0,18% para -0,34% e exerceu a principal contribuição para o resultado.
Mais tarde, a Secex apresentou o balanço semanal da balança comercial. Na quarta semana de agosto, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,74 bilhão, resultado de exportações que somaram US$ 7,439 bilhões e importações de US$ 5,699 bilhões. Com isso, o saldo acumulado de agosto alcança US$ 4,766 bilhões até a quarta semana. No acumulado do ano, o superávit comercial já chega a US$ 41,748 bilhões.
A agenda começa aquecida com a divulgação do IPCA-15 de agosto nesta terça-feira, 26. A expectativa, segundo mediana do Broadcast, é de recuo de 0,21% no mês, após alta de 0,33% em julho, influenciado pelo desconto do bônus de Itaipu nas contas de luz.
Em 12 meses, o índice deve mostrar forte desaceleração, passando de 5,30% para 4,88%, reforçando a percepção de alívio inflacionário.
Também na terça, o mercado monitora as contas externas de julho, diante do risco de que o Investimento Direto Produtivo (IDP) não seja suficiente para cobrir o déficit em transações correntes.
Na quarta-feira, 27, será a vez dos dados de crédito do Banco Central. Já na quinta, 28, a agenda ganha peso com a divulgação do IGP-M de agosto, após deflação de 0,77% em julho, os números do Caged e a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
Nos Estados Unidos, na quarta-feira, 27, será divulgado, após o fechamento do mercado, o balanço do segundo trimestre de 2025 do gigante de semicondutores, a Nvidia.
O mercado aguarda que a companhia tranquilize quanto aos custos com inteligência artificial (IA) e dê sinais de que a recente valorização das ações não se trata apenas de uma nova bolha no setor de tecnologia.
Na China, o ganho de 5% do setor imobiliário impulsionou a bolsa de Xangai, que alcançou seu maior nível desde agosto de 2015, com o índice Xangai subindo 1,51%.
No Japão, o Topix ganhou 0,15% e o Nikkei 225 registrou valorização de 0,41%. Na mesma linha, na Índia o BSE Sensex subiu 0,04% e o Nifty 50 subiu 0,39%.
O índice Kospi, da Coreia do Sul, subiu 1,30%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 1,94%.
Na Europa, as bolsas fecharam majoritariamente em queda. O europeu Stoxx 600 caiu 0,46%, o alemão DAX desvalorizou 1,50% e o francês CAC 40 recuou 1,59%. Na contramão, o britânico FTSE 100 teve leve alta de 0,13%.