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Em 6º pregão de queda, Ibovespa fecha semana com perda de 3%

Movimento nesta sexta foi na contramão dos Estados Unidos, onde índice Nasdaq bateu recorde na esteira de balanço da Nvidia

Ibovespa: bolsa é impulsionada por otimismo em NY (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: bolsa é impulsionada por otimismo em NY (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 24 de maio de 2024 às 10h45.

Última atualização em 24 de maio de 2024 às 17h37.

O Ibovespa fechou em queda pelo sexto pregão consecutivo, encerrando a semana com 3% de queda, a 124.306 pontos. Nesta sexta-feira, 24, a queda foi de 0,34%. O movimento ocorreu na contramão dos Estados Unidos, onde o índice Nasdaq fechou em nível recorde, impulsionado pelas ações da Nvidia. A fabricante de chips surpreendeu em balanço do primeiro trimestre divulgado nesta semana, ganhando US$  221 bilhões em valor de mercado, que chegou a US$ 2,6 trilhões.

Ibovespa hoje

IBOV: - 0,34% aos 124.306pontos

As perdas, na bolsa brasileira, tiveram como pano de fundo a ata do Federal Reserve (Fed), que mostrou um tom mais duro do banco central americano, o que gerou incertezas no mercado sobre o futuro da política monetária por lá.

As expectativa, até então, era que o Fed começasse a cortar os juros em setembro. Agora, investidores já reduzem suas apostas, inclusive, com alguns agentes projetando que o corte só irá começar em 2025. E outro fator que colabora para o pessimismo sobre um afrouxamento nos juros dos EUA foram novos dados da inflação por lá, que mostram uma economia mais aquecida.

Ontem o S&P Global divulgou o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA, que registrou um avançou forte, indo de 51,3 em abril para 54,4 em maio, o que representa seu valor mais elevado desde abril de 2022.

Já o Departamento do Trabalho divulgou que os pedidos de seguro-desemprego nos Eastados Unidos ficaram em 215 mil na semana encerrada no dia 18 de maio, recuando 8 mil em relação ao número revisado da semana anterior. O resultado recente veio abaixo do esperado por alguns analistas, de 220 mil.

Com a economia americana mais forte do que o esperado, as bolsas americanas são impactadas e, consequentemente, os outros mercados mundiais, incluindo o brasileiro. Por aqui, ontem, Diogo Guillen, diretor de política monetária do BC, enfatizou sobre a necessidade de flexibilidade na condução da polícia monetária, também destacando a importância de agir com cautela, sem sinalizar os próximos passos. Ele também reafirmou o compromisso de trazer a inflação à meta.

"É importante notar que ainda não temos uma orientação clara sobre os cortes de juros, nem sobre a magnitude nem a duração. No entanto, com a próxima mudança na composição do colegiado, há uma expectativa de que, quando a maioria dos membros for indicada pelo atual governo, a redução dos juros possa ser mais significativa", aponta Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank.

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