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Ibovespa opera sem direção única, apesar da forte alta da Vale; dólar sobe

Petrobras, que sobe próximo de 1%, também ajuda a valorização da bolsa

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 22 de julho de 2025 às 15h30.

Última atualização em 22 de julho de 2025 às 15h36.

O Ibovespa opera em alta de 0,04% nesta terça-feira, 22, aos 134.225 pontos, acompanhando o alívio de investidores após a véspera relativamente calma no front das disputas tarifárias entre Brasil e Estados Unidos. Também ajuda a bolsa a alta de Vale (VALE3), que sobe mais de 2%, e Petrobras (PETR3; PETR4) que sobe mais de 1%.

O dólar comercial opera no pregão em leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,567, refletindo a expectativa pelas falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia.

Na segunda‑feira, o Ibovespa fechou em alta à espera de novos desdobramentos da crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,59%, aos 134.166 pontos. No mercado cambial, o dólar fechou em queda de 0,40%, cotado a R$ 5,565.

Ibovespa hoje

  • Ibovespa: +0,04%, aos 134.225 pontos
  • Dólar: +0,04%, a R$ 5,567

Temporada de balanços

Nesta manhã, antes da abertura dos mercados, a General Motors (GM) divulgou que registrou lucro ajustado de US$ 3 bi no segundo trimestre de 2025 (‑32 %), após impacto de US$ 1,1 bi das tarifas de 25 % sobre peças e veículos importados; a montadora prevê efeito maior no 3º trimestre.

Já a Coca‑Cola publicou que superou as estimativas com alta de 2,5 % na receita orgânica e anunciou o lançamento de uma versão feita com açúcar de cana dos Estados Unidos ainda este ano, alinhando‑se ao apelo do presidente Donald Trump.

Em Washington, Jerome Powell abriu a conferência sobre o arcabouço de capital para grandes bancos, defendendo instituições “bem capitalizadas” e evitando comentários de política monetária em pleno período de silêncio que antecede o Comitê de Mercado Aberto (Fomc).

No front macro, o FMI informou que os saldos em conta‑corrente globais se ampliaram em 0,6 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2024, revertendo a tendência de redução vista desde a crise de 2008.

No radar hoje

De tarde, o governo divulga o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre, documento que deve manter o congelamento de R$ 31 bilhões, apesar da recente manutenção do IOF para crédito, tema central para o debate fiscal.

No exterior, discursos da diretora Michelle Bowman (Fed) e o jantar informal entre Christine Lagarde (BCE) e Nadia Calviño (Banco Europeu de Investimento) permanecem no foco, em meio às críticas diárias do presidente Donald Trump à independência do banco central americano.

No front corporativo, depois dos números já divulgados de GM e Coca‑Cola, que balizam o sentimento em Nova York, a brasileira Neoenergia apresenta resultado após o fechamento.

Mercados internacionais

Na Ásia, os índices fecharam mistos: Xangai (+0,3 %) e Hong Kong (+0,3 %) subiram com otimismo no setor de infraestrutura, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,3 % diante da proximidade do prazo de 1º de agosto para acordo tarifário com Washington. Já o japonês Nikkei oscilou levemente após ruídos políticos em Tóquio.

Na Europa, o Stoxx 600 desvalorizou 0,46%, com quedas lideradas pelo setor químico e crescente apreensão sobre eventuais retaliações do bloco se não houver acordo comercial com os EUA antes do prazo de 1º de agosto.

Em Nova York, por volta das 15h30, os índices de Wall  Street operavam mistos: S&P 500 subia 0,04%, Nasdaq 100 perdia 0,35%, enquanto o Dow Jones subia 0,27%.

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