Invest

Ibovespa sobe menos que o exterior, mas fecha acima dos 144 mil pontos

O dólar fechou a sessão em queda de 0,64%, cotado a R$ 5,37

Ibovespa: índice fechou o pregão de sexta-feira, 17, com alta de 0,84%, aos 143.398 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

Ibovespa: índice fechou o pregão de sexta-feira, 17, com alta de 0,84%, aos 143.398 pontos (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de outubro de 2025 às 14h00.

Última atualização em 20 de outubro de 2025 às 17h26.

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira, 20, em alta de 0,77% aos 144.509 pontos. O dólar fechou a sessão em queda de 0,64%, cotado a R$ 5,37.

Tarifas contra China

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou novas tarifas de 155% contra a China caso o acordo comercial não seja alcançado até o prazo de 1 de novembro. O presidente afirmou nesta segunda-feira, 20, em coletiva na Casa Branca que "a China tem sido respeitosa", reiterando que irá se encontrar com o presidente chinês Xi Jinping na Coreia do Sul.

"Acho que faremos um acordo. Eles nos ameaçaram com terras raras, e eu os ameacei com tarifas, mas também poderia ameaçá-los com muitas outras coisas, como aviões", disse ele, destacando que as negociações caminham para uma solução mútua. “Fui convidado para ir à China, e farei isso em algum momento no início do próximo ano. Já temos isso mais ou menos acertado”, afirmou.

Boletim Focus

Analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) reduziram as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025, segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 20. 

Os analistas reduziram as projeções do IPCA de 4,72% para 4,70%. Para 2026, o índice de inflação caiu de 4,28% para 4,27%.

A projeção do PIB aumentou após três semanas estável, de 2,16% para 2,17%. Para 2026, a expectativa ficou em 1,80%.

Já a expectativa da Selic se manteve estável para 2025 e 2026. A projeção do mercado para o câmbio se manteve em 2025, 2026, 2027 e 2028.

No radar hoje

A semana começou com uma agenda carregada no Brasil nesta segunda-feira, 20. Às 10h30, o BC realizou dois leilões de linha de até US$ 1 bilhão no total.

Às 15h o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou o balanço comercial semanal. A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,109 bilhão na terceira semana de outubro. As exportações somaram US$ 7,085 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 5,976 bilhões no período. Com isso, o saldo positivo no mês alcança US$ 3,297 bilhões, e, no acumulado do ano, o superávit chega a US$ 48,776 bilhões.

Mais tarde, às 15h30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou um programa para reforma de casas populares.

O crescimento da economia da China desacelerou no terceiro trimestre, com alta de 4,8% na comparação anual — o ritmo mais lento em um ano. A desaceleração ocorre em meio à guerra comercial com os Estados Unidos e à crise prolongada do setor imobiliário, que pressiona o consumo doméstico.

No setor corporativo, a Kering, controladora da Gucci, anunciou no domingo a venda de sua divisão de beleza para a L'Oréal por US$ 4,6 bilhões. O negócio inclui a marca de fragrâncias Creed e licenças exclusivas de 50 anos para os produtos de beleza das grifes Gucci, Balenciaga e Bottega Veneta

Nos Estados Unidos, a Apple operou em alta, impulsionada pelas fortes vendas da nova linha iPhone 17, que superaram em 14% o desempenho da geração anterior nos primeiros dez dias de mercado nos EUA e na China, segundo a Counterpoint Research.

A manhã também foi marcada por uma falha em larga escala nos sistemas da Amazon Web Services (AWS), que derrubou ou causou lentidão em plataformas como Roblox, Perplexity, Snapchat, Fortnite, Airtable, Canva, Mercado Livre, Hotmart, iFood e Alexa. A empresa disse que já resolveu o problema.

Mercados internacionais

As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta segunda-feira, 20, em alta, reagindo aos dados do PIB da China, que cresceram 4,8% no terceiro trimestre. O Nikkei 225, do Japão, avançou 3,47%, impulsionado também pelo anúncio de uma coalizão política no país. O Kospi, da Coreia do Sul, subiu 1,76%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 2,42%. No mercado chinês, o CSI 300 encerrou com alta de 0,53%, e o índice australiano S&P/ASX 200 teve valorização de 0,41%.

Na Europa, os índices fecharam no campo positivo. O Stoxx 600 subiu 1,06%, o DAX da Alemanha avançou 1,82%, o FTSE 100 do Reino Unido ganhou 0,50% e o CAC 40 da França subiu 0,39%. As ações da Kering dispararam mais de 4% após o anúncio da venda da divisão de beleza para a L'Oréal, impulsionando o setor de consumo.

Nos Estados Unidos, os índices também fecharam em alta. O Dow Jones subiu 1,12%, o S&P 500 avançou 1,07% e o Nasdaq 100 ganhou 1,37%. A semana será marcada por balanços de grandes empresas, incluindo Netflix, Coca-Cola, Tesla e Intel.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresIbovespaDólar

Mais de Invest

Captações na renda variável tombam 80% e chegam a mínimas históricas, revela Anbima

Funcionários da Kering fazem greve na Itália contra redução do trabalho remoto

Após atrasos da SpaceX, Nasa planeja 'corrida' entre empresas dos EUA para voltar à Lua

Peso argentino atinge mínima histórica, apesar de apoio financeiro dos EUA