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Ibovespa fecha estável e encerra maior sequência de quedas do ano

Dólar volta a se valorizar e encerra no segundo maior patamar do ano; nos Estados Unidos, S&P cai pelo quinto pregão seguido

B3: bolsa encerra maios sequência de perdas em 9 meses (Germano Lüders/Exame)

B3: bolsa encerra maios sequência de perdas em 9 meses (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 18 de abril de 2024 às 10h32.

Última atualização em 18 de abril de 2024 às 17h34.

O Ibovespa fechou perto da estabilidade nesta quinta-feira, com uma mísera alta de 0,02%, a 124.196 pontos. Embora mínima, a alta foi suficiente para colocar fim à sequência de seis pregões de queda -- a mais longa desde agosto. A bolsa brasileira se safou de mais um pregão negativo sem a ajuda do mercado americano, que voltou a registrar perdas no pregão de hoje. O S&P 500, principal índice de Nova York, caiu pelo quinto pregão seguido.

  • Ibovespa: -0,02%; 124.196 pontos

O cenário internacional de maior aversão ao risco tem como pano de fundo os temores sobre uma escalada dos conflitos no Oriente Médio e perspectiva cada vez mais distante para os cortes de juros nos Estados Unidos. Nos últimos dias, membros do Federal Reserve, incluindo seu presidente, Jerome Powell, sinalizaram que os juros deverão se manter em nível elevado por mais algum tempo. O consenso do mercado, que já foi de cortes para março,, é de que o Fed comece a reduzir suas taxas apenas em setembro.

As expectativas também têm se tornado mais pessimistas para a política monetária brasileira diante de riscos inflacionários (como a recente alta do petróleo) e associados ao diferencial de juros, dada o adiamento dos cortes nos Estados Unidos. Em falas recentes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem indicado que poderá reduzir o ritmo de cortes já na próxima reunião, ainda que o o comunicado da última decisão de juros tenha indicado a manutenção da queda de 0,5 ponto percentual na próxima reunião.

Dólar volta a subir

Apesar de algum alívio na bolsa bolsa, no mercado de câmbio, o dólar voltou a se valorizar contra o real, fechando a R$ 5,25. O patamar é o segundo mais alto do ano, atrás somente da cotação do fechamento de terça-feira, 16. Além das questões fiscais, preocupações sobre a abertura dos juros futuros americanos tem pressionado a valorização do dólar. Dados fortes da economia americana e a recente alta do petróleo pairam como fatores de risco nesse jogo, uma vez que representam uma ameaça para o controle da inflação.

  • Dólar: +0,12% R$ 5,250

Ações em destaque

As ações da Sabesp, subiram 1,63% nesta quinta, após a Câmara Municipal de São Paulo ter dado o aval para a privatização da companhia. Será necessário ainda uma nova votação na casa, mas o mero avanço do processo de desestatização já anima investidores. Também foi anunciado na véspera que o governo do Estado de São Paulo deverá reduzir sua participação na companhia dos atuais 50,3% para até 18% e outros detalhes da privatização.

"O anúncio aumenta a probabilidade de a privatização atrair investidores estratégicos. Recomendamos a ação, que ainda está com preço muito atrativo.", afirmam analistas do Itaú BBA, que veem a reação positiva como justificada pelo anúncio de ontem

As ações da Petrobras também chegaram a apresentar firmes altas no início do pregão, diante de possibilidade de distribuição de dividendos extraordinários, mas perdeu força ao longo do pregão. As ações preferenciais (PETR4) fecharam em alta de 0,18% e as ordinárias (PETR3), em queda de 0,24%.

Entre as maiores quedas, estiveram os papéis da Azul, que recuaram 3,92% em meio a rumores sobre uma possível fusão com a GOL. De acordo com fontes da agência Bloomberg, a empresa estaria negociando a operação por meio de troca de ações.

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