Mais um dia de expectativa no mercado com o julgamento no STF, que pode ditar o rumo das relações entre Brasil e Estados Unidos (b3/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 17 de novembro de 2025 às 11h25.
Última atualização em 17 de novembro de 2025 às 13h17.
O Ibovespa operar próximo da estabilidade nesta segunda-feira, após registrar queda de 0,33%. Às 13h07, o principal índice acionário da B3 tinha leve baixa de 0,11% aos 157.671 pontos.
A Bolsa de Valores é pressionada pela queda nas ações do setor bancário, que caem em bloco. Os papéis preferenciais, com prioridade no recebimento de dividendos, do Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) recuam 0,51% e 0,12%, respectivamente. Assim como as ordinárias, com direito a voto, do Banco do Brasil (BBAS3), que registra perda de 0,40%.
As units do Santander (SANB11) e BTG (BPAC11) também caem 0,30% e 0,11%. Por outro lado, a alta nas ações da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4), também de peso no índice, impedem uma queda maior.
O recuo mais intenso de mais cedo no índice também indicava que os investidores ajustavam posições em meio a uma agenda de eventos carregada, principalmente nos Estados Unidos.
Há certa cautela sobre a trajetória dos juros no país. O mercado aguarda a volta dos dados após o maior shutdown da história dos EUA, com a divulgação neste segunda dos números de gastos com construção de agosto e dos discursos de vários dirigentes do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
A incerteza sobre o futuro da política monetária também pressiona o real, que cai frente ao dólar. Por volta das 13h07, a moeda norte-americana subia 0,28%, vendida a R$ 5,312.
No cenário doméstico, o foco recai sobre o Boletim Focus. As projeções atualizadas reforçam que a inflação esperada para 2025 recuou para abaixo do limite da meta, o que pode abrir espaço para revisões nos cenários de juros.
O mercado também repercute o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB. O indicador caiu 0,24% em setembro na comparação com agosto, após ter subido 0,4% no mês anterior, movimento que reforça sinais de desaceleração da atividade. O resultado veio pior do que o esperado, que apontava queda de 0,5% a alta de 0,3%.
As principais bolsas de Nova York operam em queda. O Dow Jones recua 0,48%, seguido pelo S&P 500, com queda de 0,50%, e Nasdaq, que cai 0,52%.
Em Wall Street, os investidores estão de olho nos resultados trimestrais da Nvidia, assim como nas decisões do Fed. O foco dos operadores está no relatório de empregos, o payroll, de setembro, que deve ser publicado já na quinta, 20.
O ambiente de cautela também pesou nas negociações das bolsas asiáticas, que fecharam em queda. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,10%; assim como o Hang Seng, de Hong Kong, que cedeu 0,7%, e o Xangai Composto, queda de 0,46%. Na China e no Japão pesaram as tensões geopolíticas entre os dois países.
O conflito eclodiu após a líder japonesa, Sanae Takaichi, dizer aos parlamentares neste mês que um ataque chinês a Taiwan, que ameaçasse a sobrevivência do Japão, poderia desencadear uma resposta militar.
Em resposta, o Ministério da Defesa da China afirmou que o Japão sofrerá uma "derrota esmagadora" nas mãos de militares chineses se tentar usar a força para intervir na ilha. Os embaixadores foram convocados para consultas sobre a crise diplomática.
O Taiex, principal índice de Taiwan, registrou alta de 0,2%. O movimento também foi seguido pelo sul-coreano Kospi, que subiu 1,94%.