Ibovespa: investidores acompanham novos discursos de dirigentes do Fed (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 15h30.
Última atualização em 16 de outubro de 2025 às 17h27.
O Ibovespa fechou em queda nesta quinta-feira, 16, de 0,28% aos 142.200 pontos. O dólar também fechou em queda, cotado a R$ 5,443, baixa de 0,35%.
O foco desta quinta-feira foram as negociações entre Brasil e Estados Unidos sobre o tarifaço imposto por Washington a produtos brasileiros. A reunião entre o chanceler brasileiro Mauro Vieira e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, foi a primeira conversa oficial entre eles depois da aproximação entre os presidentes Lula e Donald Trump.
Após encontro com Rubio nos EUA, o chanceler Mauro Vieira deve dar uma declaração à imprensa por volta de 18h.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB do Brasil, teve alta de 0,40% em agosto na comparação com julho. O dado foi divulgado nesta quinta-feira pelo Banco Central (BC).
O resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que esperava um aumento de 0,70%. Em julho, o indicador ficou em -0,50%. Esse é o primeiro mês que o indicador registra alta após três quedas consecutivas.
Mais cedo, às 8h, a Fundação Getúlio Vargas divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de outubro de 2025 subiu 0,45% e acumula alta de 3,93% nos últimos 12 meses.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, às 15h, da primeira reunião do Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM).
Nos Estados Unidos, às 11h, foi divulgado o Índice de Mercado Imobiliário de outubro, medido pela National Association of Home Builders (NAHB), que subiu a 37 em outubro, o maior em seis meses, de 32, acima das previsões de 33.
Já às 13h, o Departamento de Energia dos EUA publicou os dados semanais de estoques de petróleo, que subiram 3,524 milhões de barris na última semana, bem acima da expectativa de alta de 120 mil barris. Já os estoques de gasolina recuaram 267 mil barris, enquanto os de destilados registraram queda mais acentuada, de 4,529 milhões.
Os holofotes também se voltaram para o Federal Reserve (Fed), com uma série de discursos de dirigentes ao longo do dia. Às 10h falaram Christopher Waller e Michael Barr, seguidos de Michelle Bowman às 11h. No final da tarde, às 17h15, discursou Stephen Miran. Neel Kashkari encerra a agenda às 19h.
Entre os destaques, Waller defendeu que o banco central dos Estados Unidos deveria cortar os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.) em outubro, dizendo que pareceria necessário cortar as taxas para apoiar o mercado de trabalho. Já o diretor do Fed, Stephen Miran, afirmou que o Fed deveria cortar os juros em 0,50 p.p..
De olho na Europa, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, participou às 13h de um painel sobre economia global no encontro anual do FMI.
As bolsas globais operam com tendência positiva nesta quinta-feira. Na Ásia, os principais índices fecharam em alta, com destaque para a Coreia do Sul: o índice Kospi avançou 2,49%, renovando recorde histórico após o FMI elevar a projeção de crescimento do país para 0,9%.
O Nikkei 225 do Japão subiu 1,27% e o Topix ganhou 0,62%, enquanto o S&P/ASX 200 da Austrália avançou 0,86%. Na China continental, o CSI 300 teve alta de 0,26%, mas o Hang Seng de Hong Kong recuou 0,09%.
Na Europa, os índices fecharam mistos, com o Stoxx 600 em alta de 0,63%. O CAC 40 da França avançou 1,38%, enquanto o DAX da Alemanha subiu 0,31% e o FTSE 100 do Reino Unido ganhou 0,09%. As ações da Nestlé dispararam mais de 9% após a companhia anunciar o corte de 16 mil empregos.
Nos Estados Unidos, os índices fecharam em queda: Dow Jones caiu 0,65%, S&P 500 recuou 0,63% e Nasdaq 100 perdeu 0,47%.