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Ibovespa fecha em alta de 0,9% após bater pontuação histórica

Índices nos Estados Unidos também fecharam em terreno positivo, enquanto o dólar renovou mínima em mais de um ano

 (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 15 de setembro de 2025 às 10h48.

Última atualização em 15 de setembro de 2025 às 17h36.

Em semana de decisão de juros no Brasil e nos EUA, o Ibovespa fechou esta segunda-feira, 15, com alta de 0,90%, aos 142.292 pontos, após ter chegado à máxima histórica intraday de 144.193 pontos.

No final da tarde, no entanto, o índice perdeu força, coincidindo com uma entrevista dada por Marco Rubio à Fox News. O secretário americano afirmou que novas medidas contra o Brasil poderiam ser anunciadas na semana que vem como forma de retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Nos Estados Unidos, o S&P 500 subia 0,47%, enquanto Nasdaq avançava 0,94% e o Dow Jones subia 0,11%.

Dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, da sigla em inglês) de agosto, mesmo mostrando pressão inflacionária e incertezas por conta da influência futura das tarifas de importação adotadas pelo governo americano, não mudou o otimismo do mercado para a queda dos juros na reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) nesta semana.

O recuo do dólar frente ao real ao menor patamar em 15 meses se deve, em parte, à iminente queda dos juros nos Estados Unidos. Analistas apontam que o viés ainda é de baixa para o dólar no Brasil. O dólar fechou em queda de 0,61%, chegando próximo a R$ 5,30.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) também acontece essa semana, mas a expectativa é de manutenção dos juros em 15%.

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira indica que os cortes na Selic vão ocorrer somente a partir do ano que vem. A projeção para o IPCA do boletim, por sua vez, caiu novamente e está agora em 4,83% ao final deste ano.

No radar hoje

Dados da economia chinesa vieram mais fracos do que o esperado. A produção industrial do país cresceu 5,2% em agosto, desacelerando em relação ao avanço de 5,7% em julho. As vendas no varejo, por sua vez, subiram 3,4%, ficando abaixo da alta de 3,7% do mês anterior.

Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump voltou a criticar neste final de semana o atual presidente do Fed, Jerome Powell, a quem chamou de “incompetente”, além disso, comentou que espera “um grande corte” dos juros americanos na reunião do órgão nesta semana.

Indicadores econômicos

O índice de atividade econômica do Banco Central, o IBC-Br, considerado a prévia do PIB, apontou no mês de julho queda de 0,50% em relação ao mês anterior, acima da projeção do mercado, que esperava recuo de 0,20%.

O setor industrial teve peso importante na queda IBC-Br, com retração de 1,1% no mês. Já o setor do agronegócio, o recuo foi de 0,8%.

Mercados internacionais

Na Ásia, as bolsas do Japão não funcionaram devido a feriado local. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,35% e o Kosdaq subiu 0,66%.

O Hang Seng, de Hong Kong, teve alta de 0,22%. O CSI 300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen da China, subiu 0,24%.

Na Índia, o Nifty 50 teve queda de 0,18% e o Sensex perdeu 0,15%. Na Austrália, o S&P/ASX 200 teve baixa de 0,13%.

Na Europa, as principais bolsas abriram majoritariamente em alta. Por volta das 10h (de Brasília), o europeu Stoxx 600 subia 0,42%, o francês CAC 40 tinha alta de 0,92%, enquanto o alemão DAX subia 0,21% e o britânico FTSE 100 apresentava estabilidade.

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