(Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 13 de novembro de 2025 às 10h41.
Última atualização em 13 de novembro de 2025 às 11h34.
O Ibovespa ronda a estabilidade nas negociações desta quinta-feira, 13, após interromper a sequência de 15 altas consecutivas e 12 recordes de fechamento na sessão de quarta, 12. Às 11h25, o principal índice acionário da B3 registrava ligeira queda de 0,06%, aos 157.538 pontos.
O mercado repercute o fim da paralisação mais longa da história do Estados Unidos. O shutdown, que durou 43 dias, afetou a publicação de dados econômicos essenciais, como o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e o relatório mensal de empregos (payroll), que podem não ser liberados devido ao tempo perdido durante o fechamento.
A falta desses dados críticos deixou o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, em uma posição difícil, já que esses números são fundamentais para decisões sobre o futuro dos juros do país.
A expectativa dos agentes agora é que a divulgação seja retomada nos próximos dias, inclusive com os dados referentes ao mês de setembro.
"Isso pode trazer um pouco mais de volatilidade para o mercado como um todo e afastar um pouco da incerteza do Fed", afirmou Lucas Costa, head de análise técnica do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) durante o programa Morning Call do banco.
"O Jerome Powell [presidente do BC dos EUA] tem dito que fica difícil um tomada de decisão mais criteriosa [sem essas informações]. Com os dados voltando, é provável que tenhamos essa redução de incerteza sobre um eventual corte de juros em dezembro", disse o especialista.
Ainda no exterior, os investidores também aguardam a divulgação nesta quarta de dados da economia da China, entre eles o do varejo e produção industrial no país.
Já no cenário doméstico, o destaque é divulgação mensal de vendas no varejo ao longo do mês de setembro. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que houve um recuo de 0,3% na comparação com agosto, abaixo da expectativa de analistas, que esperavam alta. Na comparação anual, o varejo cresceu 0,8%.
O dado reforça a percepção de desaceleração da atividade e alimenta apostas de que o Banco Central possa antecipar o início do ciclo de cortes de juros.