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Ibovespa fecha em alta e recupera parte das perdas da semana passada

O dólar fechou em queda de 0,75% a R$ 5,462

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 15h39.

Última atualização em 13 de outubro de 2025 às 17h30.

O Ibovespa fechou a sessão desta segunda-feira, 13, em alta de 0,78% aos 141.783 pontos. O dólar, por outro lado, fechou em queda de 0,75% a R$ 5,462.

Na sexta-feira, 10, o Ibovespa terminou em queda de 0,73%, aos 140.680 pontos. Na semana passada, o índice acumulou perda de 2,44%, pior queda semanal desde 6 de julho. 

EUA e China

Os mercados globais iniciaram a segunda-feira, 13, com sinais de recuperação, impulsionados pelo tom mais conciliatório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à China.

Após dias de retórica agressiva, Trump afirmou no domingo que “vai ficar tudo bem” com Pequim. A declaração reduz a tensão nos mercados e levou os futuros de Nova York, os preços do petróleo e os recibos de ações brasileiras negociados em Nova York (ADRs) avançarem nas primeiras horas da manhã.

Do lado chinês, Pequim respondeu pedindo “negociação, em vez de ameaças”, mas deixou claro que “não tem medo de uma guerra tarifária”. Além disso, dados divulgados nesta madrugada mostraram um salto nas importações e exportações do país.

O feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos mantém os mercados de Treasuries fechados, o que deve reduzir a liquidez global ao longo do dia.

Hamas liberta reféns

No Oriente Médio, o governo de Israel confirmou nesta segunda-feira que os 20 últimos reféns sequestrados pelo Hamas já estão em território israelense. Eles haviam sido capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, no sul do país, que deu início à guerra em Gaza.

Em meio à operação, Trump desembarcou em Israel e afirmou que “a guerra acabou”, ao lado do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. O presidente americano irá presidir, no Egito, uma cúpula pela paz em Gaza.

Em discurso no parlamento israelense, Trump disse que o Hamas será desarmado. A medida faz parte de um acordo de cessar-fogo que envolve 20 pontos e foi costurado com apoio de Egito, Catar, Turquia e Estados Unidos.

Boletim Focus

A agenda econômica começou às 8h25, com a divulgação do Boletim Focus do Banco Central

Analistas de mercado consultados pelo BC reduziram as projeções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 de 4,80% para 4,72%. Para 2026, o índice de inflação se manteve em 4,28%.

As projeções da Selic e do PIB se mantiveram estáveis para 2025, 2026 e 2027, enquanto para 2028 a expectativa do PIB caiu de 1,90% para 1,83%. As expectativas do câmbio reduziram em 2026 e 2027.

No radar hoje

No exterior, pela tarde, Anna Paulson, dirigente do Federal Reserve, discursou em evento nos EUA.

Já no Brasil foi conhecida a balança comercial mensal, que registrou superávit de US$ 1,524 bilhão na segunda semana de outubro, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

As exportações somaram US$ 6,928 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 5,405 bilhões no período. Com isso, o superávit acumulado no mês alcançou US$ 2,498 bilhões, e no ano já soma US$ 47,977 bilhões.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna à noite de Roma, após encontro no Vaticano com o papa Leão XIV nesta manhã.

Mercados internacionais

As bolsas globais repercutem a escalada nas tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Os índices da Ásia fecharam em baixa nesta segunda-feira. Em Hong Kong, o Hang Seng recuou 2,04%, enquanto o CSI 300, da China continental, caiu 0,5%. O porta-voz do Ministério do Comércio chinês acusou Washington de adotar um “duplo padrão” após o presidente Donald Trump prometer tarifas adicionais de 100% sobre importações chinesas.

As bolsas europeias fecharam em leve alta nesta segunda-feira, 13, com apoio do setor de mineração, que reage ao tom mais brando adotado por Donald Trump sobre a relação com Pequim. O Stoxx 600 subiu 0,39%, o DAX avançou 0,58%, o FTSE 100 teve ganho de 0,15% e o CAC 40 ganhou 0,21%.

Nos Estados Unidos, os índices mantêm forte recuperação após a queda da sexta-feira. O Dow Jones subiu 1,29%, o S&P 500 avançou 1,56% e o Nasdaq 100 teve ganho de 2,21%, com destaque para papéis de tecnologia como AMD, Nvidia e Broadcom. A expectativa do mercado se volta agora para a temporada de balanços e os encontros do FMI e do Banco Mundial nesta semana.

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