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Vale e bancos puxam alta do Ibovespa, apesar de piora das expectativas de inflação

Mercado revisou para cima IPCA projetado para este ano; mercado aguarda divulgação de balanço da Petrobras, previsto para esta noite

Ibovespa: Boletim Focus e balanço da Petrobras são os destaques do dia (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Ibovespa: Boletim Focus e balanço da Petrobras são os destaques do dia (Patricia Monteiro/Bloomberg)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 13 de maio de 2024 às 10h30.

Última atualização em 13 de maio de 2024 às 17h44.

O Ibovespa fechou em alta de 0,44%, a 128.155 pontos nesta segunda-feira, 13. A alta teve contribuição das ações da Vale, que fecharam em alta após a Anglo American ter rejeitado a proposta revisada da BHP pela companhia. As ações da mineradora subiram 0,44%. Os bancos, que também têm peso relevante no índice, também ajudaram o índice terminar o dia no positivo.

Ibovespa hoje

  • IBOV: +0,44% aos 128.155 pontos

Apesar dos destaques individuais, economistas revisaram para cima as projeções do para o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) no boletim Focus. A estimativa do IPCA para 2024 subiu de 3,72% para 3,76%, enquanto a de 2025 avançou de 3,64% para 3,66%. O IPCA de 2026 e 2027 se manteve em 3,50%.[/grifar] O movimento ocorre após o IPCA de abril, divulgado na última sexta, 10, ter vindo acima das expectativas. O indicador ficou em 0,38% no mês, o que mostra um aumento de 0,22 p.p. em relação ao índice de março, que foi de 0,16%. O consenso era de uma alta de 0,35%.

Os economistas consultados pelo BC também revisaram o Produto Interno Bruto (PIB), que variou de 2,05% para 2,09% em 2024, enquanto se manteve em 2% em 2025, 2026 e 2027. Já a expectativa para Selic no final deste ano subiu de 9,63% para 9,75%. A Selic de 2025 se manteve em 9%, enquanto a de 2026 subiu de 8,75% para 9% e a de 2027 foi elevada de 8,50% para 8,63%. Os economistas do mercado financeiro mantiveram as expectativas para o dólar pela terceira semana consecutiva: R$ 5 (2024), R$ 5,05 (2025) e R$ 5,10 (2026).

Na semana passada, o Copom desacelerou o ritmo de corte na taxa Selic, que desde agosto de 2023 estava sendo reduzida em 0,50 pontos percentuais (p.p.), mas agora foi cortada em 0,25 p.p., levando a taxa básica de juros da economia brasileira para 10,50%. Amanhã, o destaque fica para a ata do Copom. A reunião também foi marcada por uma decisão dividida entre os dirigentes indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (5 votos) e os dirigentes indicados pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Outro destaque é que o Copom tirou do comunicado desta semana os dois parágrafos de Forward Guidance (sinalização futura) pela primeira vez desde março de 2021, o que dá, por um lado, flexibilidade para o Copom em suas próximas decisões”, aponta Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

Balanço de Petrobras

Após o encerramento do pregão, todos os holofotes deverão se voltar para o aguardado resultado Petrobras (PETR4), que têm um grande peso no Ibovespa e é a maior estatal brasileira. Segundo as projeções da Bloomberg, os resultados deverão mostrar uma desaceleração frente ao mesmo período do ano passado. As estimativas apontam para uma receita de R$ 127 bilhões no primeiro trimestre de 2024, o que representaria uma queda de 8,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve vir em R$ 69,2 bilhões, frente a R$ 73,5 bilhões nos primeiros três meses de 2023. Já o lucro líquido ajustado da petroleira deve cair quase 20% para R$ 25 bilhões de reais no 1T24, contra R$ 37 bilhões registrados no ano anterior. Entretanto, analistas do Citi projetam que a estatal deve distribuir dividendos novamente, na casa dos R$ 15,4 bilhões.

Pela manhã, o BTG (BPAC11) divulgou seus resultados. O banco (do mesmo grupo controlador da EXAME) voltou a renovar recordes de lucro e receita no primeiro trimestre, puxados por praticamente todas as áreas de atuação do banco. O lucro chegou a R$ 2,9 bilhões no 1T24, alta de 27,7% em relação ao mesmo período de 2023. As receitas totais avançaram 22,7% no mesmo período, para R$ 5,9 bilhões. As ações subiram 1,64%

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